As moedas digitais de bancos centrais são um dos tópicos populares sobre criptomoedas.
Também conhecidas como CBDCs, diversos países já anunciaram suas versões, estando a China na frente.
Contudo, os Estados Unidos estão movimentando planos envolvendo o “dólar digital”. Nesse cenário, a Forbes afirma que as criptomoedas são fundamentais.
De acordo com o jornalista Roger Huang, mais de 90% do dinheiro em circulação no globo é digital.
Desta forma, as propostas de CBDCs são uma “variação óbvia” do dinheiro físico.
Entretanto, a representação digital vai além. Huang afirma que o dinheiro fica mais fungível nas mãos dos consumidores.
Além disso, as informações sobre cidadãos se aprofundam mais, de forma não vista antes. Isto porque, com dinheiro físico, é possível fazer transações praticamente impossíveis de rastrear.
E, nesse cenário, as criptomoedas são essenciais. As versões digitais de moedas governamentais exercerão uma “intrusão” maior na sociedade.
Em outras palavras, usar as criptomoedas tornará mais difícil para os governos rastrear padrões de comportamento de seus cidadãos.
Estados Unidos e China, por exemplo. A China é usada como exemplo mundial quando o assunto é falta de privacidade da população.
Os Estados Unidos seguem de perto, com escândalos envolvendo coleta de informações não sendo incomuns. Basta lembrar do que foi revelado por Edward Snowden.
Até mesmo as moedas digitais pretendidas por plataformas podem ser afetadas.
Huang cita a censura dos Estados Unidos ao PayPal, quando a empresa de pagamentos processava doações para o WikiLeaks.
O desfecho foi o PayPal abrindo mão de processar transações para o site de informações.
Caso a empresa lance sua moeda digital, não é difícil imaginar um cenário em que ela deverá “se dobrar” perante o dólar digital.
O colunista da Forbes defende que as criptomoedas oferecem um conteúdo “mais neutro” ao usuário.
Ele completa:
“É difícil imaginar que governos que pediram furos em criptografia não desejarão manter certo nível de controle sobre suas moedas digitais.”
Huang conclui que, desta forma, criptomoedas são fundamentais para o conflito futuro entre dólar e yuan digital.
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