Enquanto o mundo se movimenta para regular as criptomoedas visando incentivar sua adoção, a indecisão da China sobre criptoativos e o suposto banimento às atividades de mineração destes pode ser uma área de conflito. Em junho, o Banco Popular da China afirmou por meio de uma declaração que bloquearia o acesso a todas as exchanges domésticas e estrangeiras, além de sites envolvendo ofertas iniciais de moedas (ICOs).
De acordo com uma publicação do AMB Crypto de 04 de julho, acredita-se que a China tem o maior potencial de mineração do mundo (de acordo com uma estimativa do site CoinShares), contendo 60% de capacidade de mineração dentro de seu território. Um banimento sobre criptomoedas e mineração pode se provar prejudicial ao ecossistema. Brian Armstrong, CEO da Coinbase, falou sobre o banimento de serviços no país:
“Considerando todos os pontos fortes da China, a censura é uma das maiores áreas que os prende. Talvez eu esteja sendo ingênuo, mas eu acredito que as pessoas são inteligentes e podem sentir quando estão sendo enganadas, razão pela qual elas descobriram uma forma de burlar o banimento.”
Embora Armstrong tenha apontado que o país tem adotado a postura de banir diferentes commodities para seus 1,3 bilhão de habitantes, ele ressaltou que a tecnologia sempre moveu barreiras e acrescentou:
“Projetos como StarLink e Google Loon podem começar a oferecer internet sem filtro para países como China e Coreia do Norte. VPNs também podem se tornar mais fáceis de utilizar (gratuitos, construídos no sistema operacional, sempre de graça).”
O desenvolvedor do Ethereum Classic Anthony Lusardi também ressaltou que VPNs ainda estão disponíveis e são amplamente utilizadas no país para acessar sites banidos. Até mesmo Larry Cermak, do site The Block, afirmou que houve um pico nas buscas feitas no Google por exchanges de públicos predominantemente asiáticos – como OKEx e Huobi. De acordo com os provedores de serviços de dados online (Qimai e Kuchuan), a Huobi é a sétima palavra-chave mais procurada em aplicativos para iOS na China.
Leia também: China segue na liderança do desenvolvimento mundial de blockchain
This website uses cookies.