Criptomoedas podem ajudar a combater a inflação, diz secretário de inovação do Rio

Em meados de janeiro, a prefeitura do Rio de Janeiro anunciou que a cidade investirá 1% do seu tesouro em Bitcoin (BTC). Além disso, o prefeito Eduardo Paes (DEM) disse que a criptomoeda deverá ser aceita no pagamento de impostos municipais, como o IPTU.

Agora, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação da Prefeitura do Rio, Chicão Bulhões, endossou a iniciativa cripto de Paes.

Em entrevista ao CoinDesk na quinta-feira (27), Bulhões destacou que as criptomoedas podem ajudar a combater a inflação. Ao mesmo tempo, podem evitar que o consumidor perca poder de compra.

Criptomoedas podem ser aliadas em meio à alta dos preços

Conforme destacou o secretário, o aspecto deflacionário de alguns criptoativos pode ser um aliado em meio à alta dos preços.

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Ou seja, as moedas digitais podem, segundo ele, ter um papel importante no combate às desigualdades no país:

“Os últimos quatro anos foram difíceis para o Brasil, com a inflação. E sabemos que algumas criptomoedas são deflacionárias e podem ser usadas para as pessoas não perderem poder de compra. Isso deixou as pessoas interessadas na possibilidade de ter alternativa aos bancos centrais, e em ter mais possibilidades de combater a desigualdade”, afirmou.

Além de estimular o uso do Bitcoin para pagamento de impostos com descontos, Paes quer tornar o Rio uma “cidade cripto”. Para isso, a cidade vai investir no Porto Maravalley, um espaço atrativo para empresas do setor com incentivos fiscais.

Desconfiança dos brasileiros

Por outro lado, o secretário reconheceu que há desconfiança entre brasileiros em relação às criptomoedas. Ele destacou especificamente o caso das pirâmides, incluindo a do Faraó do Bitcoin, acusado de aplicar um golpe bilionário em investidores de Cabo Frio. Apesar disso, Bulhões segue otimista com a iniciativa:

“As pessoas não estão tão confiantes com as criptomoedas por causa desse grande caso no Brasil. Mas temos grandes players na cidade, que também têm market share em outros países”, ressaltou Bulhões, citando empresas como Hashdex e Transfero.

Por fim, Bulhões observou que, embora haja críticas também devido à volatilidade das criptomoedas, elas são o futuro:

“Nós sabemos que [o Bitcoin] é volátil, que algumas pessoas nos criticam por isso. Mas é o futuro. E o Rio quer ser uma referência para o mundo como uma cidade amigável para as criptomoedas, como Miami ou Zug, na Suíça”, disse o secretário.

Exemplo de Miami

De fato, as iniciativas cripto de Miami inspiraram Eduardo Paes. Conforme noticiado pelo CriptoFácil, o prefeito de Miami, Francis Suarez, se tornou o primeiro político dos EUA a receber pagamento em Bitcoin.

Além disso, em outubro, Suarez anunciou um plano que permitiria aos trabalhadores aceitar seus contracheques em Bitcoin. Naquela época, ele afirmou que seu desejo era transformar Miami em uma “capital cripto”.

“Acreditamos que somos parecidos com Miami. Temos as praias, um bom lugar para viver, a criatividade…”, disse Bulhões.

Para debater as ações relacionadas ao desenvolvimento do mercado cripto, a prefeitura criou um grupo de trabalho. Ele está sendo coordenado pela Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação. Os resultados dos estudos serão divulgados nos próximos três meses.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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