Economia

Criptomoedas não causaram falência do Signature Bank, diz regulador de Nova York

O Departamento de Serviços Financeiros de Nova York (NYSDFS) já havia dito que o encerramento do Signature Bank não teve relação com o fato de o banco oferecer serviços com criptomoedas. Agora, o regulador afirmou que a falência do banco em março deste ano também não teve a ver com cripto.

Mais precisamente, o NYSDFS afirmou que o colapso do banco não teve como causa os seus clientes de ativos digitais da entidade retirando dinheiro. Em vez disso, a crise teve como força motriz uma ampla base de depositantes em todos os setores de negócios, conforme noticiou a Bloomberg nesta quarta-feira (19).

“É um equívoco dizer que a falha do Signature Bank esteja relacionada às criptomoedas”, disse a superintendente do NYSDFS, Adrienne Harris, em uma audiência do Comitê de Serviços Financeiros da Câmara. Nesta quarta, Harris falou perante o painel do Comitê sobre ativos digitais, tecnologia financeira e inclusão.

De acordo com Harris, clientes, incluindo vendedores de alimentos no atacado, fiduciários, contas fiduciárias e escritórios de advocacia deixaram o banco e causaram o colapso.

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“Portanto, é lamentável que tenha havido uma corrida ao banco”, disse Harris. “Mas não é o caso de que a falha do Signature teve relação com as criptomoedas.”

Signature Bank e criptomoedas

Conforme noticiou o CriptoFácil, no dia 12 de março, os reguladores dos Estados Unidos determinaram, em caráter de urgência, a liquidação total do Signature. Além disso, o Federal Reserve (Fed) colocou o banco na lista de instituições que receberiam ajuda para ressarcir os seus clientes.

De acordo com os reguladores, os casos do Silvergate e o Silicon Valley Bank (SVB) trouxeram um alto risco de contágio para todo o sistema bancário. Assim, a fim de impedir uma quebra generalizada, o Tesouro ordenou a liquidação do Signature.

No dia 8 de março, o Silvergate tornou-se a primeira instituição do mercado dos EUA a encerrar suas atividades em 2023. Enquanto isso, o SVB entrou com pedido de recuperação judicial nos EUA em 17 de março.

Maxine Waters, a principal democrata do Comitê, pressionou Harris por mais detalhes sobre a crise do banco. Em resposta, ela detalhou que 20% dos depósitos deixaram o banco na noite em que o SVB faliu. No entanto, apenas “20% destes 20%” eram depósitos com alguma relação com as criptomoedas. O restante eram “clientes comerciais normais” com depósitos não garantidos que estavam saindo do banco.

“Portanto, não vimos o colapso como resultado de depósitos de criptoativos e sua instabilidade”, disse Harris.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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