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Criptomoedas dificultam atividades ilegais, garante especialista

Atualmente, 60% dos pagamentos no Brasil são feitos com dinheiro em espécie.

Por trás desse número há a enorme desbancarização dos brasileiros. Cerca de 45 milhões de pessoas não possuem conta em banco, ou seja, quase um terço da população adulta do país.

No entanto, existe um outro mercado que tem interesse na circulação de papel-moeda. Trata-se de operações ilegais que não podem deixar rastros.

Corrupção, prostituição, lavagem de dinheiro e contrabandos são alguns exemplos dessas atividades citados por Simão Silber, professor da USP.

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Siga o dinheiro

Conforme noticiou o Jornal Nacional na quinta-feira (5), para combater essas atividades ilícitas é necessário que seja possível rastrear as movimentações financeiras. Ou seja, é preciso “seguir o dinheiro”.

Nesse sentido, para Silber, as moedas digitais têm uma vantagem adicional. Isso porque com elas é possível rastrear as transações:

“[A moeda digital] vai coibir, vai dificultar, ela não vai acabar… O mundo não é perfeito, mas ela vai dificultar brutalmente atividades ilegais”, explicou o professor.

Já Carlos Brandt, chefe-adjunto do departamento de competição e estrutura do mercado financeiro do Banco Central, foi além.

Brandt destacou que o novo ecossistema de pagamentos do Bacen, o PIX, também é uma ferramenta nesse sentido:

“O PIX é um instrumento eletrônico que permite a rastreabilidade assim como todos os demais instrumentos hoje eletrônicos. Assim como a TED, assim como o DOC, assim como o boleto, assim como os pagamentos por cartão – seja cartão de crédito, seja cartão de débito”, afirmou.

Brasileiros temem golpes

Entretanto, uma das barreiras para a adoção de meios de pagamentos digitais é a ocorrência de ataques cibernéticos. E as estatísticas justificam o temor dos brasileiros:

“Níveis de fraudes bancários são muito elevados no Brasil, comparado até com América Latina. Todos os meios de pagamento têm fraudes”, afirma João Miguel Bragança, consultor da Roland Berger.

O próprio PIX é um exemplo. Antes mesmo de entrar em funcionamento, golpistas usaram o interesse pelo novo sistema como isca para golpes.

Pensando nisso, os desenvolvedores lançaram mão de Inteligência Artificial0 para dar mais segurança ao PIX. Para isso, o sistema vai bloquear pagamentos em caso de operações suspeitas.

Mas também é importante que os usuários tomem medidas de segurança:

“Tem que tomar cuidado com suas informações. Não deixam em qualquer lugar o celular, que, naturalmente, é a mesma regra para qualquer meio de pagamento que você vai utilizar no seu celular”, diz Ivan Habe, diretor-executivo de serviços financeiros da consultoria E&Y para a América Latina.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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