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CPMI revela que Governo Bolsonaro fez propaganda em sites de investimentos ilegais

A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) fez mais de 2 milhões de anúncios pagos em sites, aplicativos e canais do YouTube que veiculam conteúdo considerado inadequado, entre eles, sites de investimentos ilegais. Foi o que revelou um relatório elaborado a pedido da CPMI das Fake News.

De acordo com uma matéria do jornal O Globo, além de investimentos ilegais, os sites onde os anúncios foram divulgados compartilham notícias falsas e até mesmo conteúdos pornográficos.

O documento divulgado pela CPMI nesta terça-feira, dia 2 de junho, foi elaborado por consultores legislativos. Assim, os dados do relatório foram obtidos através da Lei de Acesso à Informação (LAI).

Dados são de apenas 38 dias

Embora tenha solicitado à Secom informações de janeiro a novembro de 2019, o relatório informou que só recebeu da secretaria dados referentes a 38 dias. Isto é, entre 6 de junho e 13 de julho de 2019.

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Apesar disso, foi possível identificar que uma quantidade expressiva de anúncios pagos pela Secom foi veiculada em sites com conteúdos inadequados.

Além disso, o documento ainda revela que a verba utilizada nesses anúncios era destinada à campanha da Reforma da Previdência. Os recursos também deveriam ser distribuídos através das plataformas Adwords e Adsense do Google.

Quando direcionados à essas plataformas, os anúncios são distribuídos por elas para diferentes sites da web. Entretanto, o responsável pelo anúncio pode bloquear tanto sites específicos quanto categorias de assuntos.

Sites de ofertas de investimentos ilegais

No total, foram identificados pela CPMI 2.065.479 anúncios no período citado, que foram distribuídos em 843 canais considerados inadequados. Destes, sete ofertavam investimentos ilegais, 47 divulgam notícias falsas, 12 sites veiculam notícias sobre jogos de azar e quatro continham conteúdo pornográfico.

Além disso, 741 são canais do Youtube que foram removidos pela plataforma por descumprimento de regras.

Por fim, o documento critica a utilização da verba de propaganda por parte da Secom:

“Como pudemos observar, houve descontrole do target (alvo) das ações publicitárias, o que redundou em desperdício de recursos públicos. Adicionalmente, o dinheiro da publicidade oficial terminou por ser empregado em diversos canais com conteúdo inadequado, fazendo com que a imagem do Governo Federal fosse veiculada em canais de baixa qualidade e associada a conteúdos falsos, criminosos, de cunho sexual ou referentes a promoção pessoal do Presidente da República”, diz trecho do relatório.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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