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Covid-19 pode viabilizar pagamentos via blockchain no Brasil

O setor de pagamentos em todo o mundo está sendo afetado pela crise da Covid-19. Por conta disso, as organizações do setor estão desenvolvendo ações para driblar essas dificuldades.

Segundo um relatório elaborado pela multinacional de consultoria Accenture, as iniciativas vão desde pagamentos “tokenizados” a experiências de pagamentos com ferramentas de controle integradas e uso de blockchain.

Via noomis/FEBRABAN

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Diminuição drástica de gastos

O estudo intitulado “Covid-19 – Impacto na Indústria de Pagamentos” mostra que a crise atual está provocando uma diminuição drástica de gastos dos consumidores.

Desta forma, a diretora da Accenture Strategy e líder de estratégias de pagamentos na América Latina, Edlayne Burr, estimou uma redução do volume de transações.

“Estimamos redução de até 15% do volume transacionado, quando comparado com o ano de 2019, o que representa até R$ 300 bilhões a menos transacionados e R$ 900 bilhões a menos do que o projetado pela indústria para 2020,”

Dinheiro em espécie é meio de contaminação

Nesse contexto, soluções de pagamento inovadoras como a tokenização e pagamentos via blockchain podem ganhar espaço. Isso porque, no cenário de pandemia, o dinheiro em espécie passou a ser considerado um meio de contaminação e “pouco higiênico.”

Conforme explicou a diretora da Accenture, o uso de carteiras digitais e pagamentos ‘in-app’ estão sendo altamente utilizados. Por isso, uma experiência integrada e o chamado pagamento invisível estão sendo criados.

Um exemplo disso é que no Brasil, 14% dos entrevistados deixaram de utilizar dinheiro durante a pandemia. Outros 63% diminuíram significativamente o seu uso, de acordo com uma pesquisa divulgada em abril pela Mastercard.

Blockchain como meio de pagamento

Sobre a adoção da blockchain como um meio de pagamento, Burr destacou que a tecnologia deve ser viabilizada. Entretanto, antes disso, é provável que outros setores adotem a tecnologia.

Burr justificou que a maturidade do ecossistema de pagamentos é alta no Brasil.

“Nós somos o terceiro maior país no mercado global em receitas de pagamentos. Além disso, o conhecimento, a infraestrutura e os sistemas de prevenção à fraude apresentam grande robustez.”

Com base nisso, a diretora observou que, ao menos a curto prazo, soluções em blockchain devem ser menos atrativas. Pois, segunda ela, há um legado e altos investimentos realizados pela indústria. Por outro lado, outros mercados, como os cartórios, podem adotar a tecnologia antes de se tornarem realidade para pagamentos.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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