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Correção e compra: é melhor aproveitar a baixa do Bitcoin ou do tesouro direto?

O Valor Investe publicou uma notícia no dia 02 de março sobre a possibilidade de compra do tesouro direto, agora que o meio de investimento barateou por conta da baixa experienciada no mercado financeiro tradicional causada pelo coronavírus.

Contudo, outro ativo que também corrigiu recentemente foi o Bitcoin, com alguns analistas no Twitter esperando uma correção um pouco mais acentuada para comprar. Nesse cenário, o que é mais vantajoso comprar: tesouro direto ou Bitcoin?

Previsão do tesouro direto para 2020

Segundo a reportagem do Valor Investe, o economista e professor Alan Ghani acredita que o aumento nas taxas de juros pagas ao investidor – e a queda no preço do papel – abrem oportunidade de compra de títulos públicos. Além disso, os juros futuros serem atingidos com a incerteza do mercado tradicional barateou os títulos do tesouro direto.

Contudo, Ghani afirmou que comprar o título que mais desvalorizou não compensa, devendo avaliar o retorno de cada um. Ele sugere o IPCA+ 2035, que no dia 28 de fevereiro pagava a inflação acrescida de 3,43% de juros em seu vencimento em 2035.

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Ou seja, segundo o economista, o período de baixa é o momento para comprar títulos do tesouro direto. Uma publicação feita em janeiro de 2020 no portal Seu Dinheiro também aconselha títulos do tesouro direto para investir em 2020, apesar de ressaltar que a baixa na taxa Selic prejudicou os títulos de renda fixa – que é o caso do tesouro direto.

Correção do Bitcoin

A previsão para o Bitcoin em 2020, no geral, é de valorização. O halving é talvez o principal evento por trás desta crença, uma vez que figuras importantes como Changpeng Zhao fizeram afirmações no sentido que o impacto real do halving sobre o valor do BTC ainda não ocorreu.

No dia 09 de fevereiro, o Bitcoin terminou o dia cotado acima de US$10 mil, levando muitos investidores a crer que uma tendência de alta havia sido iniciada – principalmente pelo rompimento do ponto de resistência psicológica importante. Até o dia 19 do mesmo mês, o BTC permaneceu nessa zona, até que um escorregão prolongado atualmente o prende fora da zona dos US$9 mil.

Contudo, a correção não assustou analistas, tendo estes afirmado que a movimentação faz parte do canal de baixa no qual o Bitcoin ainda se encontra. A correção, para eles, nada mais é do que uma oportunidade de compra.

Considerando que o retorno do tesouro direto indicado pelo economista Alan Ghani é de 3,43% mais a inflação, a serem pagos em 2035, talvez o Bitcoin seja uma aposta melhor em termos de compra.

Isso porque o criptoativo corrigiu quase 8,5% em fevereiro, em comparação à desvalorização do tesouro direto que não chegou a 1%. Em contrapartida, caso a previsão de valorização do Bitcoin esteja correta (R$60 mil ao fim de 2020), a criptomoeda saltará cerca de 40% a 50% somente em 2020.

O cenário acima, por si só, já parece mais vantajoso para o BTC – porém, tem mais. Um estudo feito pela Hashdex, gestora de fundos de ativos digitais credenciada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA), apresentou que investir em criptoativos a longo prazo é mais vantajoso do que liquidá-los rapidamente.

Conclui-se, portanto, que o Bitcoin pode se sair ainda melhor que o tesouro direto caso o investidor decida esperar. Nesse sentido, caso a previsão do economista Tim Draper se mantenha, o Bitcoin passará a valer US$250 mil em 2023 – cerca de R$1 milhão, na cotação atual do dólar.

Leia também: Previsões para 2020 colocam Bitcoin acima de R$60 mil e novos cortes na Selic

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Gino Matos

Tenho 28 anos, sou formado em Direito e acabei fascinado pelas criptomoedas, ramo no qual trabalho há três anos.

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