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Confira 5 razões para startups de criptomoedas iniciarem operações na Suíça

A missão que a equipe do CriptoFácil realizou na Europa buscou entender o que levou nações como Suíça e Estônia serem classificadas como as mais inovadoras do mundo e como verdadeiros “paraísos” para as criptomoedas.

No caso da Estônia, uma nação que tornou-se independente há pouco tempo e que enfrentou sérios problemas com um ataque Ddos realizado pelo governo russo, a busca pela tecnologia tornou-se uma estratégia de sobrevivência e motor principal de seu desenvolvimento econômico e social. N Suíça, uma nação mais antiga, o investimento no desenvolvimento de um ecossistema cripto/blockchain surgiu como forma de impulsionar ainda mais a estratégia de liderança no campo tecnológico, permitindo que inúmeras empresas de tecnologia utilizem do ecossistema crypto-friendly do país para realizar uma expansão para toda a Europa.

Neste artigo citaremos os cinco principais atributos que acreditamos as startups e empresas que trabalham com criptomoedas e blockchain devem levar em consideração para iniciar operações na Europa e em todo o mundo tendo como base a Suíça como motor de partida.

Cripto Valley e políticas governamentais

Zug abriga o Crypto Valley, um verdadeiro conjunto de iniciativas publicas e privadas destinadas à impulsionar o setor de criptomoedas como um todo. São desde hubs de inovação à incubadoras  que fomentam o desenvolvimento de negócios. Além disso, o governo suíço trata empresas e potenciais investidores como clientes e portanto, quando você pretende iniciar uma empresa consegue um imenso suporte em praticamente todos os setores, graças à uma orientação governamental e também a ajuda da comunidade que já está operando na suíça e está sempre pronta para auxiliar novas iniciativa que surgem.

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Made in Suíça e leis trabalhistas

Importante ressaltar que o branding atribuído à Suíça é também um dos destaques para iniciar operações por lá. Ter um sua empresa ou startup a “marca made in suíça” é um fator imensamente relevante para todo o continente europeu, afinal a regulamentação do país é considerada muito forte e robusta. Além disso, como mostramos, uma intensa colaboração com a OCDE, que conduziu ao fim do sigilo bancário, fez com que as instituições financeiras passassem a investir maciçamente em inovação, isso também contribuiu ainda mais para que as empresas que iniciam atividades na Suíça sejam vistas como “legais” por toda a Europa.

As leis trabalhistas suíças são muito liberais e o mercado de trabalho é apenas vagamente regulado, isso no entanto não quer dizer que país permita explorações trabalhistas ou trabalho escravo, mas permite que ao trabalhador e ao empregador que negociem um sistema de trabalho que seja mais atrativo para ambos. Isso tem permitido que o país abrigue inúmeros talentos da indústria tecnológica como um todo, que não se adaptam às regras trabalhistas que muitas vezes atrapalham a inovação e, em alguns casos, não permitem, por exemplo, que um desenvolvedor trabalhe em casa, durante a madrugada. O sistema de tributação federal do país é atraente para indivíduos e empresas e acordos com todas as principais nações garantem que as empresas paguem apenas impostos em um país de negócios.

Localização, posição internacional e talentos

A Suíça é cercada pelas principais economias da Europa: Alemanha, França, Itália e Áustria. Está no coração da área mais densamente povoada da Europa. Percorrer o país também é simples, suas rodovias, estradas e transporte público estão entre os melhores do mundo. E no próximo ano, o recentemente concluído Gotthard Base Tunnel (o túnel mais longo do mundo) diminuirá drasticamente o tempo de viagem entre a Suíça e o norte da Itália. Além de seus acordos comerciais com a comunidade europeia, a Suíça mantém acordos de livre comércio com um número cada vez maior de países em todo o mundo.

Quase metade de todos os funcionários na Suíça trabalham em áreas que exigem trabalhadores altamente qualificados. A força de trabalho é qualificada porque a formação acadêmica é suplementada por aprendizagens diretas e práticas. A taxa de alfabetização gira em torno de 100% e a maioria dos cidadãos fala inglês. O país abriga várias universidades e centros de pesquisa altamente conceituados , juntamente com empresas de pesquisa intensiva como a Roche e a Novartis. A Suíça tem mais patentes per capita do que qualquer outro país. É um país conhecido por sua capacidade de transformar os resultados da pesquisa em produtos comercializáveis.

Ecossistema

Como temos mostrado, o ecossistema de criptomoedas é muito forte na Suíça e lá estão nada menos que Bitmain e Ethereum, isso sem contar nos membros da Fundação IOTA, desenvolvedores do Bitcoin Core, representantes de grandes exchanges como Bitfinex, Binance, entre outras, além de um imensa rede de pessoas que trabalham em startups, desenvolvedores de blockchain e muitos outros profissionais. Tudo isso permitiu ao país a formação de um grande ecossistema cripto e ao andar pelas ruas de Zurique ou Zug é praticamente impossível não encontrar com alguém que esteja relacionado ao universo das moedas digitais. Em outras palavras, lá você pode realmente conversar com pessoas e não com bots de resposta.

País estável

A Suéça é, sem dúvida, um dos países mais financeiramente, politicamente e economicamente estáveis ​​do mundo.

De acordo com o autor Nassim Taleb essa qualidade pode ser considerada uma “antifragilidade”. “A Suíça é o país mais antifrágil do mundo. Sua robustez e atratividade estão em correlação inversa com agitação, desordem e volatilidade em todo o mundo”, diz Taleb.

Para garantir a estabilidade e a transparência na indústria das criptomoedas, a Autoridade Supervisora ​​do Mercado Financeiro da Suíça (FINMA) publicou diretrizes específicas sobre a realização de uma oferta inicial de moeda (ICO, na sigla em inglês) , tornando-se um dos primeiros órgãos oficiais a formalizar o processo e tudo isso permite um desenvolvimento claro do setor com a certeza que as regras não vão mudar no “meio do jogo”.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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