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Como o plano de juros negativos do FMI se relaciona com as criptomoedas

Em fevereiro deste ano, o Fundo Monetário Internacional (FMI) publicou em seu blog oficial um texto explicando como bancos centrais podem fazer taxas de juros negativas funcionarem para lutar contra uma recessão.

Resumindo o conteúdo presente no texto, a autoridade financeira implica que a adoção de taxas de juros negativas por um tempo faria com que as pessoas não deixassem dinheiro parado em poupanças – ou seja, seria necessário pagar ao banco para que ele fizesse a custódia da quantia depositada.

Isso impulsionaria o consumo que, por sua vez, faria a economia girar de forma mais acelerada. O tom do texto deixa uma coisa clara: a preocupação do FMI em relação à uma nova recessão ocorrendo em breve.

Uma recessão é o ponto onde as criptomoedas disputarão uma queda de braço com o sistema financeiro tradicional.

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Hora de brilhar

Erik Voorhees, CEO da exchange ShapeShift, compartilhou nesta segunda-feira, 21 de abril, o texto do FMI, afirmando:

“Logo vocês perderão o controle sobre essa alavanca. Aproveitem enquanto podem.”

Erik refere-se ao potencial que as criptomoedas possuem de devolver o controle financeiro ao povo, sem intermediários ditando regras sobre juros para combater uma recessão criada inicialmente pelas próprias regras destas entidades.

Nos comentários da publicação, outros usuários demonstraram apoio às criptomoedas e reforçaram como os planos do FMI são apenas uma solução para um problema criado pelas próprias autoridades financeiras.

No fim de março deste ano, uma publicação no Reddit com o título “Recessão a caminho, onde se encaixam as criptos?” movimentou um debate importante.

O usuário Trident1000, citando Ray Dalio (chefe executivo do Bridgewater, maior fundo de cobertura do mundo), ressaltou um ponto válido:

“A próxima recessão não tratá o mesmo choque financeiro da última, durante a qual metade dos Estados Unidos perdeu seus empregos e instituições faliram. Está mais para um período tumultuado para as corporações, no qual o PIB encolhe e ocorrem demissões.”

O fato da próxima recessão não ser tão avassaladora torna o cenário perfeito para as criptomoedas. É possível tomar como exemplo dois países da América Latina que passam por crises de diferentes intensidades: Argentina e Venezuela.

Na Argentina, ainda que esteja em curso uma crise financeira que está desvalorizando a moeda do país, ela não é tão grave quanto à crise venezuelana. Desta forma, os desenvolvimentos envolvendo criptomoedas são muito mais viáveis, pois há a necessidade de uma solução alternativa, enquanto ainda há suporte – como acesso a smartphones, energia elétrica confiável, entre outros recursos.

Isso se traduz em iniciativas como a parceria firmada com a Binance pelo governo argentino, a utilização do transporte público por meio de Bitcoin e até mesmo a criação de uma abertura para se desvencilhar do dólar. Em uma recessão mais branda, adoção e iniciativas florescem de forma sadia.

Já no caso da Venezuela, a adoção de criptomoedas é questão de sobrevivência. Não existem desenvolvimentos significativos em termos de mercado, apenas a necessidade real de adotar uma alternativa para uma moeda cujo valor derreteu.

Em síntese, ambas recessões ressaltaram o valor dos criptoativos, contudo, apenas naquela mais branda está sendo possível extrair um exemplo “saudável” sobre como eles podem ser aplicados para resolver problemas financeiros inerentes ao sistema tradicional.

Se as coisas caminharem como o previsto, uma recessão atingirá o mundo em breve – e será excelente para as criptomoedas. Hora de mostrar o potencial de forma convincente.

Leia também: Diretora do FMI Christine Lagarde diz que a blockchain está agitando o sistema financeiro tradicional

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Gino Matos

Tenho 28 anos, sou formado em Direito e acabei fascinado pelas criptomoedas, ramo no qual trabalho há três anos.

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