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Com bens bloqueados, líder da Minerworld realizará casamento de luxo

No dia 23 de abril, o portal Midiamax relatou que Cícero Saad, líder do esquema de pirâmide Minerworld, realizará seu casamento em junho deste ano. O que chama a atenção são os detalhes por trás do evento, como os serviços de um renomado buffet de Indianápolis (São Paulo) e cotas para viagem na Europa.

Como será custeado?

 

Ainda não se sabe como Cícero, que tem em seu nome apenas uma motocicleta Honda modelo CG 125 (avaliada em R$4 mil), de acordo com documentos arrolados no processo que tramita na 2ª Vara de Direitos Difusos Individuais e Coletivos Homogêneos de Campo Grande, custeará o casamento.

De acordo com a publicação original, os investidores que ainda não receberam suas quantias devidas ficaram indignados com a notícia do casamento e começaram a divulgar diversas informações sobre o evento. Não tardou para que valores do buffet, a lista de presentes e até mesmo fotos de Cícero e sua noiva na Europa começassem a circular nas redes sociais.

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A indignação dos investidores é ainda potencializada pela declaração do titular da 2ª Vara de Direitos Difusos Individuais e Coletivos Homogêneos, David de Oliveira Gomes Filho, sobre o caso não ter desfecho até 2020, conforme publicado também pelo portal Midiamax.

O caso Minerworld

 

A Minerworld era um sistema de pirâmide financeira baseado na suposta mineração de Bitcoin. Investidores depositavam quantias com a promessa de retorno de 100%, além das variações do mercado.

Além disso, como é típico de um esquema de pirâmide, indicações conferiam bônus àqueles que atuavam captando mais integrantes para o esquema.

Após a companhia interromper os pagamentos aos seus investidores, afirmando que as contas da exchange Poloniex foram hackeadas, foi deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) a operação Lucro Fácil, que consistia na execução de oito mandados de busca e apreensão.

A ação culminou na apreensão de agendas, blocos, cadernos de anotações, recibos de pagamentos, comprovantes de movimentação financeira e outros arquivos físicos, além de computadores e pen-drives.

Leia também: MinerWorld e D9 viram alvos de investigação no Paraguai

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Gino Matos

Tenho 28 anos, sou formado em Direito e acabei fascinado pelas criptomoedas, ramo no qual trabalho há três anos.

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