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A exchange de criptomoedas Coinbase vai promover uma nova onda de demissões, desligando cerca de 20% de sua força de trabalho, ou 950 funcionários. Essa é a segunda demissão em massa da empresa, que mandou embora 18% de seus funcionários em junho de 2022, logo após o colapso do ecossistema Terra (LUNA) que derrubou o mercado cripto.
De acordo com uma mensagem do CEO e cofundador da Coinbase, Brian Armstrong, “a difícil decisão” foi tomada visando uma “eficiência operacional adequada para enfrentar as desacelerações no mercado de criptomoedas e aproveitar as oportunidades que possam surgir.”
Conforme destacou Armstrong, em 2022 o mercado cripto caiu junto com a macroeconomia mais ampla. Além disso, houve “consequências de atores inescrupulosos do setor”, disse o CEO sem mencionar a FTX. O executivo acredita que o “contágio” no mercado cripto ainda não chegou ao fim. Contudo, ele ressaltou que a Coinbase está “bem capitalizada”.
“Na verdade, acredito que os eventos recentes acabarão beneficiando muito a Coinbase (falha de um grande concorrente, clareza regulatória emergente etc.) e eles validam nossa estratégia de longo prazo. Mas levará tempo para que essas mudanças se concretizem”, ponderou ele.
Ainda segundo Armstrong, no processo de planejamento anual para 2023, ficou claro que a empresa precisaria reduzir despesas para aumentar suas chances de se sair bem em todos os cenários. E não teria como reduzir as despesas de maneira significativa, sem promover mudanças no quadro de funcionários.
O CEO da exchange disse que entrará em contato com os funcionários demitidos. No entanto, disse que já removeu o acesso destes ao sistema Coinbase a fim de proteger as informações dos clientes.
“Sei que esta última etapa parece repentina e dura, mas acredito que seja a única escolha prudente dada a nossa responsabilidade”, disse ele.
Além dos cortes de funcionários, a Coinbase também vai encerrar vários projetos onde há menor probabilidade de sucesso. A exchange não mencionou, no entanto, quais são esses projetos.
Por outro lado, as iniciativas mantidas pela exchange terão menos colaboradores nas equipes em razão das demissões. Por fim, o CEO da Coinbase destacou os tempos sombrios eliminam as empresas ruins e fortalecem as boas:
“As empresas mais importantes não apenas sobrevivem, mas prosperam durante os mercados em baixa, sendo rigorosas com o gerenciamento de custos e continuando a criar produtos inovadores. Além disso, os tempos sombrios também eliminam más companhias, como estamos vendo agora. Mas aqueles de nós que acreditam em cripto continuarão construindo ótimos produtos e aumentando a liberdade econômica no mundo”, concluiu.
As criptomoedas estão sofrendo ao lado das ações de tecnologia desde o ano passado. Isso ocorre pois os investidores estão fugindo de ativos de risco em meio a uma recessão econômica mais ampla. O preço do Bitcoin, por exemplo, caiu quase 60% no ano passado. Enquanto isso, as ações da Coinbase caíram mais de 83%.
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