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Cofundador de exchange fechada pelos EUA promete relançar plataforma

Anton Shkurenko, cofundador da exchange de criptomoedas Bitzlato informou em entrevista ao CoinDesk que a plataforma está pronta para um relançamento após ser encerrada por autoridades dos Estados Unidos em janeiro deste ano. Além disso, ele informou que a exchange vai reembolsar de forma gradual os usuários que perderam dinheiro como resultado disso.

Shkurenko deu uma entrevista ao portal após agências de notícias russas, onde está a sede da Bitzlato, informarem que ele havia sido detido em Moscou na última segunda-feira a pedido da Interpol. Conforme esclareceu Shkurenko, a polícia o parou para verificar a sua identidade. Mas eles o liberaram em seguida após uma conversa.

O cofundador da exchange cripto russa não disse qual unidade de aplicação da lei o deteve. No entanto, afirmou que assinou uma “obrigação de comparecer” quando solicitado e recebeu um mandado de prisão preventiva para evitar prisões futuras. Shkurenko também afirmou que não está envolvido em nenhum caso criminal na Rússia:

“Eu espero ter convencido o promotor de minha inocência”, disse ele, dizendo que não pode divulgar detalhes de uma investigação em curso.

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Sobre o fechamento da Bitzlato

As autoridades fecharam a Bitzlato após uma investigação dos EUA e de agências da Europa. De acordo com os promotores, a Bitzlato pode estar envolvida com o financiamento ilícito de atividades na Rússia. Estima-se que a empresa tenha processado mais de US$ 700 milhões (R$ 3,6 bilhões) em fundos ilícitos.

Além disso, a promotoria dos EUA alega que a empresa com registro de Hong Kong não adotou medidas contra a lavagem de dinheiro. Em vez disso, exigia apenas uma identificação mínima de seus usuários e até permitia que eles enviassem dados de registro falsos para evitar a detecção.

Além do fechamento da exchange, as autoridades prenderam pelo menos seis executivos ligados a ela. Entre eles está Anatoly Legkodymov, cidadão russo que fundou a exchange. Outros cinco altos executivos da Bitzlato foram presos menos de uma semana depois. De acordo com uma nota da Europol, os presos incluem o CEO da empresa, o diretor financeiro e o diretor de marketing na Espanha.

Segundo a Europol, durante as buscas, os agentes apreenderam cerca de € 18 milhões (R$ 101 milhões) em criptomoedas. Além disso, as autoridades determinaram o congelamento de mais de 100 contas de criptomoedas com ativos no valor de R$ 281 milhões.

Shkurenko diz que poderia lançar exchange de casa

Shkurenko, por sua vez, disse que é um “consultor de tecnologia” da Bitzlato. Contudo, ao que parece, ele era um dos detentores de chaves das carteiras cripto da exchange. Ou seja, alguém com grande poder dentro da empresa. Mas ele disse que entregou o controle dessas carteiras a outros membros da equipe.

Ainda segundo Shkurenko, antes da ação de janeiro, a Bitzlato havia começado a migrar sua infraestrutura da Europa para a Rússia. Ele também informou que a exchange deve ser reaberta em breve:

“Eu poderia lançar a exchange do meu apartamento. Dois pequenos servidores são suficientes.”

A Bitzlato ainda tem cerca de 100 funcionários ativos, apesar das recentes repressões, disse Shkurenko.

Por fim, o executivo garantiu que a Bitzlato sempre respondeu a pedidos de agências de aplicação da lei, incluindo o FBI dos EUA. Ele também questionou as acusações contra o modus operandi da empresa:

“Como eu devo reagir quando uma pessoa que está na minha frente me dá dinheiro, até que haja acusações criminais contra ela?” ele disse.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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