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Cofundador da Gemini acusa Barry Silbert de ‘má-fé’ em caso de congelamento de saques

O empresário de criptomoedas Cameron Winklevoss, cofundador da exchange Gemini, publicou uma carta aberta ao também empresário Barry Silbert, do Digital Currency Group (DCG), acusando-o de usar “táticas de má-fé” ao resolver uma disputa entre as duas empresas desencadeada pelo colapso da FTX.

Conforme noticiou o CriptoFácil, em novembro de 2022, a Gemini precisou interromper os resgates de seu produto de empréstimo chamado Earn. Em nota, a empresa afirmou que não conseguiria atender aos resgates de clientes no prazo porque a Genesis Global Capital, parceira do negócio, teve que interromper as retiradas e novas originações de empréstimos devido aos impactos da falência da FTX.

Na ocasião, a Genesis revelou que tinha US$ 175 milhões bloqueados em uma conta na FTX. A Genesis Global Capital é uma das empresas pertencentes ao Digital Currency Group (DCG) de Silbert.

Winklevoss acusa Silbert de má-fé

Na carta aberta, Winklevoss disse que a Genesis deve US$ 900 milhões aos clientes da Gemini.

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“Nas últimas seis semanas, fizemos todo o possível para nos envolvermos com você de boa fé e de maneira colaborativa, a fim de chegar a uma resolução consensual para que você pague os US$ 900 milhões devidos, ajudando-o a preservar seus negócios”, escreveu. “Agora está ficando claro que você tem se engajado em táticas de má-fé.”

Além disso, Winklevoss afirmou que forneceu a Silbert várias propostas para resolver o problema, incluindo a mais recente em 25 de dezembro.

“Apesar disso, você continua se recusando a entrar em uma sala conosco para discutir uma resolução”, escreveu ele. “Além disso, você continua a se recusar a concordar com um cronograma com marcos importantes. Toda vez que pedimos um envolvimento tangível, você se esconde atrás de advogados, banqueiros de investimento e processo. Depois de seis semanas, seu comportamento não é apenas completamente inaceitável, é inconcebível”.

Ainda na carta, Winklevoss pediu a Silbert que se comprometa publicamente a trabalhar junto com a Gemini para resolver este problema até 8 de janeiro de 2023.

“Continuamos prontos e dispostos a trabalhar com você, mas o tempo está se esgotando”, escreveu. “Para ser claro, essa bagunça é inteiramente de sua autoria.”

Conforme informou Winklevoss, o DCG deve à Genesis cerca de US$ 1,68 bilhão: “Este é o dinheiro que a Genesis deve aos usuários do Earn e outros credores.”

Silbert responde Winklevoss

Pouco tempo depois da publicação de Winklevoss, Silbert tuitou uma resposta. De acordo com o empresário, o DCG não pediu emprestado US$ 1,675 bilhão da Genesis. Além disso, ele afirmou que o DCG nunca deixou de pagar juros à Genesis e está em dia com todos os empréstimos pendentes.

“O próximo vencimento do empréstimo é maio de 2023. O DCG entregou à Genesis e seus consultores uma proposta em 29 de dezembro e não recebeu nenhuma resposta”, escreveu ele.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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