Cláudio Oliveira é preso; chefe do GBB já foi condenado na Suíça e é procurado nos EUA

O caso do Grupo Bitcoin Banco (GBB) foi atualizado nesta segunda-feira (5) com a prisão de Cláudio Oliveira, sua esposa e outras três pessoas. A Polícia Federal do Paraná deflagrou a Operação Daemon e, por meio da coletiva de imprensa e pelas buscas, mostrou entendimento considerável sobre criptomoedas e seu uso.

Contudo, os detalhes sobre o caso não param por aí. Na coletiva de imprensa, o delegado Filipe Hille Pace revelou que Oliveira é cometeu crime semelhante nos Estados Unidos. Além disso, o chefe do GBB também foi preso em Portugal e extraditado para a Suíça por praticar golpes.

Conforme apurado pelo CriptoFácil, Cláudio Oliveira foi condenado na Suíça por estelionato e uso de documento falso. Já nos Estados Unidos, o chefe do GBB captou capital particular na Flórida com o auxílio de outras pessoas, fugindo para o Brasil em seguida.

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Mais detalhes sobre o caso

Durante a coletiva de imprensa, o delegado Hille Pace detalhou que cerca de R$ 2,5 milhões em bens foram apreendidos. Os veículos de luxo apreendidos são das fabricantes Porsche, BMW, Maserati, Lamborghini e Mercedes.

Entretanto, até o momento, não foram apreendidos Bitcoins nas buscas. Ao todo, além de Cláudio Oliveira e sua esposa, foram presas outras três pessoas. Uma delas é uma companheira de Cláudio, que auxiliava na ocultação de seu patrimônio.

Além dela, foi preso ainda seu “braço direito” no esquema. A quinta pessoa supostamente auxiliava o chefe do GBB na liquidação de BTC e conversão para moedas fiduciárias.

Outras pessoas ainda serão ouvidas que, segundo o delegado responsável pelo caso, possuem relação ainda não especificada com Oliveira e supostamente também auxiliavam na liquidação de BTC. Possivelmente, tratam-se de negociantes P2P ainda não identificados.

Ainda durante a coletiva, o delegado Hille Pace revela que o dinheiro dos investidores estava sendo “torrado para satisfazer a ganância” de Cláudio e as demais pessoas presas.

As imagens encaminhadas à imprensa mostram que partes do forro foram abertas. A ação pode ser, possivelmente, uma tentativa de encontrar carteiras offline escondidas.

Golpes em outros países

É dito ainda que Cláudio Oliveira cometeu crimes fora do Brasil. No fim da primeira década de 2000, conforme dito pelo delegado Hille Pace na coletiva de imprensa, Cláudio foi preso em Portugal e extraditado para a Suíça.

Em apuração feita pelo CriptoFácil junto à Polícia Federal do Paraná, o chefe do GBB foi preso pela prática de estelionato e uso de documento falso.

Porém, isso não foi tudo. Pouco antes de retornar ao Brasil e orquestrar o esquema do Grupo Bitcoin Banco, Cláudio também praticou um golpe no estado da Flórida, nos Estados Unidos.

O delegado esclareceu ao CriptoFácil que Cláudio “captou dinheiro de particulares junto a alguns indivíduos”, chamando-o ainda de “verdadeiro estelionatário”.

Desta forma, Oliveira ainda é procurado nos EUA. Um dos investidores lesados, em conversa com o CriptoFácil, ressaltou o fato de Oliveira ainda estar no Brasil:

“Ele teve a cara de pau de continuar na mesma cidade, nem se deu ao trabalho de fugir. O que esse cara tava pensando?”

Possivelmente, tendo em vista seu histórico de crimes internacionais, o chefe do GBB preferiu permanecer no Brasil.

Envolvimento com a BWA

Em resposta a uma pergunta feita durante a coletiva, o delegado Filipe Hille Pace ainda afirmou que o GBB tinha um bom relacionamento com uma empresa de São Paulo.

É descrito que tal empresa também estava em recuperação judicial e, recentemente, teve sua falência decretada. Ademais, também é dito que o modelo de negócio se assemelha muito ao que foi praticado pelo GBB.

Aparentemente, embora não tenha mencionado o nome da empresa, o delegado falou da BWA. A empresa de Santos prometia altos rendimentos sobre investimentos com Bitcoin e, ainda em 2019, parou de pagar seus investidores.

Assim como o GBB, a empresa entrou com pedido de recuperação judicial. A relação entre as duas empresas ainda será investigada, possivelmente rendendo novas revelações sobre todo o caso GBB.

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Gino Matos

Tenho 28 anos, sou formado em Direito e acabei fascinado pelas criptomoedas, ramo no qual trabalho há três anos.

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