Economia

China: transações com CBDC alcançam US$ 250 bilhões

O Banco Popular da China (PBOC), órgão centralizador da política monetária do país, informou que as transações com a moeda digital do banco central (CBDC) do país, o e-CNY (Yuan Digital), chegaram a impressionantes 1,8 trilhão de yuans (US$ 250 bilhões) no final de junho.

Isso marca um significativo crescimento em relação aos cerca de 100 bilhões em transações digitais de yuans registradas em agosto do ano passado.

O governador do PBOC, Yi Gang, revelou as mais recentes estatísticas durante uma palestra organizada pela Autoridade Monetária de Cingapura (MAS). Yi informou que a moeda digital em circulação totalizou 16,5 bilhões de yuans, e o número total de transações em yuans digitais atingiu a casa dos 950 milhões, com a abertura de 120 milhões de carteiras digitais.

“O saldo do e-CNY representa atualmente apenas 0,16% da oferta monetária da China, que é o dinheiro em circulação. Mesmo assim, temos conseguido suportar um grande número de transações, o que significa que a velocidade é alta e a eficiência é notável”, disse Yi.

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A China lançou testes piloto para o yuan digital no final de 2019 e vem conduzindo experimentos com a moeda em várias cidades do país, incluindo Suzhou, Shenzhen, Xiongan e Chengdu.

CBDC da China

Em julho, a cidade de Jinan começou a implementar pagamentos digitais em yuan para tarifas de transporte público. Outros avanços recentes incluem a Câmara de Compensação de Xangai, que adicionou suporte para acordos de yuans digitais, e o Banco da China, que expandiu o teste do yuan digital para cartões SIM e pagamentos NFC.

O uso crescente do yuan digital é parte dos esforços contínuos da China para modernizar sua infraestrutura financeira e fortalecer a posição do yuan no cenário global.

A implementação bem-sucedida da CBDC tem o potencial de trazer uma série de benefícios, incluindo maior eficiência nas transações, maior inclusão financeira e maior controle sobre a política monetária.

No Brasil, o Real Digital também está em fase de testes. Porém, ao contrário da CBDC chinesa, o foco do Brasil está nas transações de atacado.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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