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China estaria avançando para voltar a permitir criptomoedas

Um passo inesperado (e discreto) rumo à aceitação de criptomoedas surgiu na China, uma nação conhecida por sua postura rigorosa contra os ativos virtuais.

Nesta quarta-feira (24), a China Central Television (CCTV), um órgão de mídia controlado pelo governo e visto como veículo de suas perspectivas e agenda, divulgou a notícia de que Hong Kong aceitará pedidos de licença de corretoras de criptomoedas para atender investidores de varejo.

O anúncio, transmitido em um clipe compartilhado pelo CEO da Binance, Changpeng Zhao, no Twitter, provocou bastante interesse e especulação entre os envolvidos no comércio de criptomoedas.

Zhao, juntamente com outros entusiastas, chamou a atenção para o fato, classificando-o como um “grande negócio”. Ele acredita que uma cobertura de notícias semelhante no passado já contribuiu para grandes altas nos mercados de criptomoedas.

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Além disso, de acordo com analistas de políticas internacionais, o fato de a reportagem ter sido publicada na CCTV mostra que os governantes chineses estão considerando a proposta de permitir o comércio de criptomoedas em plataformas regulamentadas.

A ideia já vinha ganhando força justamente pelos desdobramentos de Hong Kong com o setor. Embora Hong Kong seja independente da China continental, analistas argumentam que o território é um “campo de testes” para o governo chinês.

Criptomoedas na China

De acordo com a CCTV, a partir de 1º de junho, todas as plataformas de negociação de ativos virtuais precisarão solicitar uma licença da Comissão de Valores Mobiliários e Futuros de Hong Kong para operar no país.

As empresas de criptomoedas existentes terão um prazo de nove meses, a partir de junho, para fazer essa solicitação. Caso contrário, serão obrigadas a cessar todas as suas operações.

Na transmissão, Zhong Hui Cai, chefe do departamento de intermediários da CVM de Hong Kong, ressaltou a importância da segurança online no comércio de criptomoedas. Ele destacou que será dada especial atenção ao armazenamento seguro dos fundos dos clientes e à garantia da ausência de conflitos de interesse.

Durante a cobertura, a CCTV mostrou imagens do logotipo do Bitcoin e de uma tela com uma coleção de NFTs de cães da Samoyedcoin, reforçando a crescente prevalência e o interesse por esses ativos digitais.

A China baniu o Bitcoin em 2013, s ofertas iniciais de moeda (ICOs) em 2017 e a mineração de Bitcoin em 2021. No entanto, esse movimento recente sugere, segundo analistas, uma mudança de postura, com a China abrindo espaço para repensar a proibição das criptomoedas.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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