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Chefe da CME destaca papel do Bitcoin como ativo de proteção

O economista-chefe da Bolsa Mercantil de Chicago (CME), Bluford Putnam, falou sobre o potencial do Bitcoin como ativo de proteção e sua falta de correlação com outros ativos. A conversa foi gravada em um vídeo divulgado na terça-feira, 11 de fevereiro.

“Se o Bitcoin provavelmente não se correlaciona com fatores econômicos, ou com ações tradicionais e títulos de renda fixa, então o Bitcoin poderia servir como uma ferramenta de diversificação de portfólio”, afirmou Putnam.

A fala de Putnam não é mais um discurso isolado. As principais entidades financeiras estão começando a ver o Bitcoin como um ativo não correlacionado, uma visão que o cofundador da Morgan Creek Digital, Anthony Pompliano, promove há mais de um ano. “Pomp” também destacou que, em sua visão, o Bitcoin em breve estará na carteira de todos os investidores profissionais.

O preço do Bitcoin não se compara aos ativos tradicionais

Como o Bitcoin é um novo tipo de ativo, sem fronteiras e descentralizado, faz sentido que ele não siga as mesmas flutuações de preço observadas nos mercados tradicionais, como ações e títulos de dívida. O criptoativo mostrou evidências dessa falta de correlação várias vezes em sua história, algo que Pompliano já destaca há anos.

“A parte mais importante do Bitcoin, quando se trata de hedge global, é o fato de ser um ativo não correlacionado – o que significa que, conforme as ações e títulos sobem ou diminuem, o Bitcoin não tem correlação com isso”, disse Pomp em uma entrevista.

Chegando aos mercados tradicionais

Ao longo dos anos, várias pessoas consideraram o Bitcoin como uma opção viável para um portfólio estável devido às flutuações bruscas dos preços do ativo. Apesar da volatilidade do preço do Bitcoin, Putnam disse que a falta de correlação do criptoativo pode torná-lo uma adição valiosa, embora pequena, aos portfólios.

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“Como o Bitcoin é altamente volátil, apenas uma alocação muito pequena – por exemplo, 2% do portfólio – pode reduzir o risco se a falta de correlação persistir”, disse Putnam.

Putnam refere-se a uma carteira típica de proteção (hedge), que normalmente possui 60% de ações e 40% de ativos de renda fixa, como títulos. Historicamente, esse percentual tem se mostrado estável em valor na maioria das situações econômicas.

De acordo com a experimentação de 2019, Putnam disse que adicionar 2% de Bitcoin à mistura reduziu ligeiramente o risco geral. “O portfólio para potencial diversificação também aparece na forma como os preços do Bitcoin podem se comportar se eventos geopolíticos desestabilizarem os mercados tradicionais e criarem incertezas”, explicou.

Até o momento da sua finalização, CME se recusou a comentar as declarações de Putnam para este artigo.

Leia também: Tudo que você precisa saber sobre o halving do Bitcoin

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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