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Chainlink reforça apoio ao The Merge e não dará suporte a tokens de eventual hard fork no Ethereum

Na semana passada, o CriptoFácil relatou que Justin Sun, criador da Tron (TRX), declarou apoio a um suposto hard fork na rede Ethereum (ETH). Pouco mais de 48 horas depois, a Chainlink (LINK) fez o inverso, declarando seu apoio à atualização The Merge.

De acordo com uma recente publicação em seu blog, a equipe da Chainlink disse que se o hard fork eventualmente acontecer, não fornecerá suporte para os tokens que surgirem dessa divisão. O serviço e os protocolos da rede permanecerão funcionando, mas com ênfase na rede atual do Ethereum.

“Os usuários devem estar cientes de que a Chainlink não fornecerá suporte a tokens oriundos de hard forks no Ethereum. Isso está alinhado com a decisão da Ethereum Foundation e da comunidade, alcançada por meio de consenso social, de atualizar a blockchain Ethereum para a PoS”, disse o anúncio.

A possibilidade de uma divisão cresceu ao longo do final de semana, devido a insatisfação de alguns mineradores com a mudança. Com o fim da mineração do Ethereum via Prova de Trabalho (PoW), os mineradores verão suas receitas acabarem, e procuram alternativas para lidar com a perda de receitas.

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Chainlink pede medidas de segurança

No entanto, a Chainlink frisou que a possibilidade de uma divisão na rede pode trazer insegurança aos desenvolvedores. Por isso, a equipe alerta que quem não tiver certeza a respeito da The Merge desative suas operações de contratos inteligentes.

Dessa forma, os usuários podem se proteger e “evitar incidentes imprevistos e ajudar a proteger os usuários finais”. Afinal, um conflito entre as redes pode causar sérias perdas de fundos.

Ao mesmo tempo, a rede que serve como oráculo de serviços para o Ethereum garantiu que está dobrando seu processo de garantia de qualidade. Com isso, a equipe espera preparar a rede para enfrentar os desafios da atualização da rede.

“Os aplicativos descentralizados (dApps) que operam em versões divididas do Ethereum, incluindo divisões em PoW, podem se comportar de maneiras inesperadas devido a problemas de protocolo e de nível de aplicativo. Se isso acontecer, pode haver um risco maior para os usuários”, disse a rede.

Nos últimos dias, um grupo de mineradores se uniu para manter a mineração via PoW no Ethereum por meio de uma divisão. Este grupo pretende criar uma nova rede, a EthereumPoW, cujo token seria o ETHPOW. Se isso acontecer, os mineradores sairiam do Ethereum, fomando a nova rede.

Caso isso aconteça, a rede disputará o atual poder de processamento com outras blockchains, como o Ethereum Classic (ETC). Além disso, os detentores de ETH poderão receber os novos tokens por meio de airdrop.

No entanto, a Chainlink deixou claro que não dará suporte a estes tokens. Portanto, seus usuários não receberão nenhuma versão do token, caso a divisão de fato aconteça.

Chainlink impulsionando a adoção

Uma análise do Bank of America em fevereiro disse que a Chainlink, que possui mais de US$ 60 bilhões em valor total bloqueado (TVL, na sigla em inglês) em contratos inteligentes, impulsionará a adoção da blockchain em todos os setores, incluindo jogos, apostas e seguros.

Em junho, a Chainlink anunciou que seu feed de preços ao vivo estará disponível na Solana, inicialmente para Bitcoin (BTC), ETH e a stablecoin USDC. Posteriormente, a rede expandirá o serviço para cobrir outras moedas.

Atualmente, a rede é o principal provedor de serviços de oráculo para o Ethereum, permitindo a inclusão de dados externos, meios de pagamento e outras funcionalidades.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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