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Cervejaria norte-americana usa blockchain desde a fabricação até o transporte de produtos

A blockchain promete revolucionar muitas aplicações no cotidiano e, como tem noticiado o Criptomoedas Fácil, do setor financeiro até para ajuda de refugiados sírios, os casos de uso são diversos e provam que a a tecnologia já está sendo integrada no cotidiano por meio de diferentes procedimentos. Nesta linha, o mais novo empreendimento a utilizar blockchain, em busca não apenas de mais transparência mas também para visualizar novas nuances na etapa de produção, foi a cervejaria norte-americana Alpha Acid que, recentemente, concluiu testes bem sucedidos que usam blockchain para mapear toda a produção de quatro rótulos da marca.

Para o processo, a Alpha contou com a parceria da Oracle e mostra como blockchain pode tornar-se a base para uma nova indústria em ascensão, a Internet das Coisas (IoT). Durante os testes, sensores pequenos, conectados à internet, registram, em blockchain, a temperatura dos tanques de fermentação, junto com outros dados, como da fazenda em Gilroy no New World Ales, local onde é fabricado o lúpulo usado nas cervejas da Alpha, ou do laboratório Gigayeast, onde a empresa processa a levedura, e da Admiral Maltings, fornecedora do malte.

A aplicação, chamada de “Oracle Code One”, registra, desta forma, todas as transações entre os participantes dessa cadeia de suprimentos, desde os produtores de ingredientes até o ponto de venda, assim os consumidores podem scanear um QR code impresso nas cervejas e verificar as condições de cada etapa do processamento de produção até o transporte.

“Além da confiança, colocar a cadeia da cerveja na blockchain também dá visibilidade para os fornecedores”, diz Stephen Chin, diretor da rede de desenvolvedores da Oracle, que comandou os bastidores da iniciativa. Segundo o executivo, há outras vantagens no processo: ele reduz a papelada e ajuda a cervejaria a encontrar falhas na produção.

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“Fizemos uma prova de conceito, mas é algo que vale para qualquer processo industrial com muitos fornecedores”, diz. E o gosto da cerveja, muda com a blockchain? “Não. Mas eles fizeram um grande trabalho com bons ingredientes”.

Já Kyle Bozicevic, mestre cervejeiro da Alpha Acid, destaca que os ingredientes da cerveja não são baratos.

“Estamos usando ingredientes muito caros. Se a remessa da Gigayeast atingir uma temperatura extremamente alta antes de chegar à cervejaria, um sensor habilitado para internet nos alerta sobre o fato e, então, podemos devolver o produto pois ele vai afetar toda a produção”, detaca.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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