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CEO da Crypto.com nega problemas financeiros e diz que a exposição à FTX é mínima

Os problemas financeiros da FTX causaram um contágio no mercado de criptomoedas. No entanto, a exchange Crypto.com está tentando se afastar disso. Após um fim de semana conturbado, o CEO da plataforma, Kris Marszalek, compartilhou um vídeo nesta segunda-feira (14) respondendo a perguntas urgentes da indústria.

Ele negou que a plataforma esteja passando por problemas financeiros e disse que a exposição da Crypto.com à FTX é mínima, limitada a US$ 10 milhões (R$ 52 milhões).

“Recuperamos US$ 990 milhões da FTX”, disse Marszalek, informando que uma auditoria do Crypto.com está em andamento, mas levará algum tempo. “[As auditoras] “não trabalham na velocidade das criptomoedas”, disse ele.

Ainda segundo Marszalek, os saques estão funcionando e a única paralisação teve relação com os tokens GALA, SRM e Ray:

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“O SRM está intimamente ligado à FTX”, ponderou ele, destacando que o token CRO, nativo da exchange, nunca foi usado como garantia de empréstimo, como é o caso do FTT com a FTX e a Alameda.

‘Acidente’ de R$ 2,1 bilhões

Parte da desconfiança do mercado em relação à Crypto.com pode estar ligado ao recente “acidente” de US$ 400 milhões da exchange. Conforme noticiou o CriptoFácil, no final de semana, revelou-se que a Crypto.com enviou equivocadamente 320.000 ETH (R$ 2,1 bilhões) para uma carteira da exchange Gate.IO. Este envio ocorreu no último dia 21 de outubro, mas só veio à público– graças à transparência da blockchain – agora.

Essa foi a segunda vez que a empresa transferiu por engano um valor na casa dos milhões. Em agosto, por exemplo, a Crypto.com enviou US$ 10,5 milhões (R$ 55 milhões) para uma mulher em Melbourne e levou sete meses para receber a notificação.

Marszalek explicou que no caso da Gate.io, o endereço de destino era a conta corporativa da Crypto.com na exchange. Além disso, ele afirmou que a Gate.io devolveu os fundos após um aumento de limite diário de transferência da conta corporativa.

“A gente não corria o risco de perder os fundos”, disse Marszalek. “O sistema não nos permite enviar dinheiro para algum lugar que não possa ser recuperado.”

US$ 1 bilhão para FTX

Outras preocupações envolvendo a Crypto.com têm a ver com o envio de US$ 1 bilhão em stablecoins para a FTX. Marszalek também abordou o assunto na transmissão ao vivo:

“Ao longo de um ano, transferimos US$ 1 bilhão para a FTX”, disse. “Recuperamos tudo isso. Tínhamos apenas uma exposição de US$ 10 milhões quando a FTX foi encerrada. Esses são os fatos, e todo o resto é FUD”, disse Marszalek no vídeo.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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