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A empresa de empréstimos de criptomoedas falida Celsius publicou os nomes de seus clientes que estão aptos a retirar 94% de seus ativos de sua plataforma. De acordo com um processo judicial do dia 31 de janeiro, os usuários elegíveis devem atualizar suas contas com certas informações antes do processamento dos saques.
As informações visam atender às políticas de combate à lavagem de dinheiro (AML) e Conheça Seu Cliente (KYC). Além disso, os usuários devem informar os dados sobre o endereço de destino do saque.
A lista da Celsius contém o tipo de criptomoeda devida a cada cliente e o valor correspondente. Os usuários com fundos no “programa de custódia” da Celsius ou em “contas retidas” poderão receber os 94% de seu dinheiro de volta.
Conforme informou a Celsius, um usuário pode não conseguir sacar os seus ativos se não tiver saldo suficiente para pagar as taxas da transação. Além disso, a empresa acrescentou que o processamento dos pedidos de saques pode não ocorrer de forma imediata. Isso porque a demanda por saques será grande. A Celsius disse ainda que planeja entrar em contato com os usuários qualificados no dia 15 de fevereiro.
Por fim, a Celsius disse que caberá ao tribunal definir se os usuários poderão retirar os 6% restantes de seus saldos no futuro:
“Os usuários de custódia elegíveis poderão sacar cerca de 94% de seus ativos de custódia elegíveis neste momento. Se os usuários elegíveis serão capazes de retirar os 6% restantes, isso será decidido pelo Tribunal em uma data posterior”, tuitou a Celsius.
No dia 7 de dezembro, conforme noticiou o CriptoFácil, um tribunal determinou que Celsius deveria devolver US$ 44 milhões em fundos de seus clientes. De acordo com a cotação do momento, o valor correspondia a cerca de R$ 210 milhões. Este total representa uma pequena fração do valor devido pela empresa. As estimativas de valor preso nas contas de rendimento chegam aos bilhões de dólares.
A Celsius Network entrou em recuperação judicial em julho de 2022 por meio do Capítulo 11, depois de um mês de graves problemas de liquidez nas consequências do colapso da Terra (LUNA).
Na última semana, Shoba Pillay, um investigador do caso de falência da empresa, afirmou que Celsius enganou seus investidores e operou um esquema de pirâmide. Segundo Pillay, a empresa ocasionalmente usou fundos de novos clientes para pagar saques de outros clientes. Ou seja, de acordo com a alegação, a empresa operou uma operação clássica de esquema Ponzi.
Pillay foi convocado pelo tribunal a oferecer uma visão externa dos acontecimentos no credor cripto em setembro. Agora, o investigador publicou um relato das operações da empresa antes da recuperação judicial.
“Em todos os aspectos importantes – desde como a Celsius descreveu seu contrato com seus clientes até os riscos que assumiu com seus criptoativos – a Celsius conduziu seus negócios de maneira significativamente diferente do que disse a seus clientes”, escreveu Pillay.
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