Segurança

Candidato a deputado federal, ‘Faraó dos Bitcoins’ declara R$ 60 milhões em patrimônio ao TSE

Glaidson Acácio dos Santos, mais conhecido como “Faraó dos Bitcoins”, lançou sua candidatura a deputado federal pesar de estar preso desde agosto de 2021.

Respondendo por crimes contra o sistema financeiro nacional, organização criminosa e lavagem de dinheiro, Glaidson declarou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) possuir mais de R$ 60 milhões em bens.

“Faraó dos Bitcoins” vem candidato a deputado federal

O “Faraó dos Bitcoins” apresentou o seu pedido de registro de candidatura à Câmara dos Deputados do Rio de Janeiro na última segunda-feira (15).

Glaidson se filiou ao partido Democracia Cristã (DC), presidido por José Maria Eymael, em maio deste ano para concorrer ao cargo público. Vale destacar que, além de garçom, Glaidson também foi pastor da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD).

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Segundo a defesa de Glaidson, ele está preso de forma preventiva. Assim, não há condenações na Justiça e a Lei da Ficha Limpa não pode barrar a candidatura dele.

Ainda de acordo com os dados informados por Glaidson ao TSE, ele se apresentou como um “empresário” e com ensino superior completo.

Com relação aos bens declarados, o ex-garçom afirmou possuir em seu nome um apartamento avaliado em R$ 450 mil. Além disso, disse ter “quotas ou quinhões de capital” da ordem de R$ 60 milhões, segundo o jornal O GLOBO.

Fonte: Tribunal Superior Eleitoral – TSE

Glaidson deve R$ 4,4 bilhões a clientes da GAS

Cabe ressaltar que Glaidson deve, hoje, cerca de R$ 4,4 bilhões a clientes da GAS Consultoria Bitcoin, uma de suas empresas com sede em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. Por meio desta empresa, Glaidson teria aplicado um golpe de pirâmide financeira em milhares de pessoas.

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro elaborou uma lista com os credores da GAS que já tem mais de 42 mil inscritos. Mas o número de pessoas lesadas pelo golpe é bem maior. De acordo com as investigações da Polícia Federal, mais de 67 mil pessoas foram enganadas pelas falsas promessas de altos retornos por meio de investimentos em criptomoedas.

As investigações apontam que os investidores aplicaram mais de R$ 5 bilhões. Enquanto isso, Glaidson teria movimentado pelo menos R$ 38 bilhões com o negócio ilícito.

O valor dos bens bloqueados de Glaidson somam R$ 400 milhões. Entre os bens há criptomoedas, imóveis, carros de luxo e joias. Mas é pouco provável que esse montante seja usado para reembolsar as vítimas. Isso porque se a origem dos bens for considerada ilícita, eles devem ser perdidos para a União.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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