O Canal Dinheiro, que tratava sobre finanças – sobretudo sobre criptomoedas – foi excluído pelo YouTube nesta segunda-feira, 27 de janeiro. De acordo com um vídeo publicado em um canal secundário pelo seu dono Marcos Costa, o motivo da exclusão foram três strikes (punição aplicada pelo YouTube aos conteúdos que ferem suas diretrizes) em menos de 90 dias – todos relacionados a criptomoedas.
YouTube e conteúdos indesejados pela plataforma
No vídeo, Costa menciona que o primeiro strike deu-se sobre um vídeo que falava sobre como ganhar dinheiro com Bitcoin. Ele contestou a punição, contudo, o YouTube negou a contestação quase que imediatamente.
Sobre o segundo strike, o youtuber afirmou que “já era esperado”. Em conversa com o CriptoFácil, Costa explica que o strike deu-se na onda de punições realizada pelo YouTube em dezembro de 2019 em relação a vídeos relacionados a criptomoedas, por isso já esperava que algum de seus conteúdos relacionados ao tema fosse penalizado.
Mesmo após o YouTube reconhecer que foi um erro do algoritmo da plataforma, o strike não foi desconsiderado. O terceiro strike, alega Costa, ocorreu sobre um vídeo que já havia sido deletado por ele. O youtuber explicou ao CriptoFácil:
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“Eu me lembro de ter deletado e revisitado a aba de ‘transmissões ao vivo’ para conferir se não havia sobrado nada. Apaguei tudo que tinha o termo ‘Dinheiro’ no título. Aparentemente, algo impossível aconteceu.”
Desta forma, os três strikes sofridos foram sobre conteúdos relacionados a criptomoedas. Costa já esperava este tipo de “perseguição” em relação aos criptoativos por parte do YouTube, e teoriza:
“Embora isso não seja explícito e não hajam provas, algo que os youtubers percebem é que quando há algum canal que propague conteúdo que esteja em uma área que não seja proibida, mas também não agrade a plataforma, eles tentam excluir o canal antes que ele bata 100 mil inscritos, porque depois disso fica muito evidente [o banimento do canal por motivos ocultos]. E o assunto de criptomoedas acredito ser justamente algo que trafegue nessa linha entre ‘não é proibido, mas não queremos em nossa plataforma’. Estou no YouTube há quase 10 anos, e quando entrei para o nicho das criptomoedas há quase 3 anos atrás, já imaginava que algo assim poderia ocorrer.”
Costa afirma que continuará trabalhando no segmento, mesmo com os percalços. Ele continuará publicando vídeos em um canal que ele já havia criado e pede que seus seguidores do antigo canal passem a seguir sua “nova casa” no YouTube.
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