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Califórnia cria projeto de lei que visa reconhecer dados em blockchain

Um membro do órgão legislador da Califórnia, Estados Unidos, introduziu um projeto de lei que, se aprovado, atualizará as leis de registros eletrônicos do estado autorizando assinaturas registradas em blockchain e contratos inteligentes.

O projeto de lei, apresentado por Ian Calderon na semana passada, expande a definição de registros eletrônicos e assinaturas, contida na Lei das Transações Eletrônicas Uniformes, para incluir registros e assinaturas na blockchain. “Um registro que é protegido através da tecnologia blockchain é um registro eletrônico”, disse Calderon.

A lei existente “especifica que um registro ou assinatura não pode ser negado ou forçado unicamente porque está em formato eletrônico e que um contrato não pode ser negado ou exigido  apenas porque um registro eletrônico foi usado em sua formação”. Em essência, uma assinatura na blockchain seria legalmente exigível se o projeto de lei for aprovado pela legislatura da Califórnia e assinado pelo governador do estado Jerry Brown.

Além disso, a medida afirma que “uma assinatura assegurada pela tecnologia blockchain é uma assinatura eletrônica”e também atualiza o termo “contrato” para contabilizar contratos inteligentes ou partes de código auto-executáveis que serão desencadeadas em determinadas condições.

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O projeto de lei também aborda o armazenamento de dados em blockchain. Ele propõe que os indivíduos que optem por usar a tecnologia para garantir informações pessoais no decorrer da realização do comércio interestadual ou estrangeiro devem reter os direitos de propriedade de suas informações.

A iniciativa de Calderon é a última medida dessa natureza a emergir em um estado norte-americano. Representantes da Flórida apresentaram uma proposta similar no mês passado, e legisladores do Arizona aprovaram um projeto de lei no ano passado que tornaram dados em blockchain e contratos inteligentes medidas legais.

A medida proposta por legisladores da Califórnia é particularmente notável, uma vez que a economia do estado é a maior dos Estados Unidos, com um PIB semelhante ao de toda a França.

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Amanda Bastiani

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