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BWA será investigada por suposta prática dos crimes de estelionato e lavagem de dinheiro

De acordo com uma publicação feita pelo jornal A Tribuna nesta quinta-feira, 06 de fevereiro, a Polícia Civil de São Paulo investigará as atividades da empresa BWA Brasil após suspeita da prática dos crimes de estelionato e lavagem de dinheiro.

A notícia saiu inclusive em uma versão física do jornal, com o título de “Polícia investiga suposto golpe com moeda virtual”.

Problemas chegam ao conhecimento público

A BWA Brasil oferecia rendimentos mensais de até 3% sobre valores depositados junto à empresa, afirmando que os ganhos eram auferidos por meio de operações de arbitragem realizadas no mercado de criptoativos utilizando um robô.

Contudo, desde do último trimestre de 2019, a empresa começou a apresentar problemas com os saques de seus clientes. Tendo em vista as diversas reclamações e demandas judiciais ajuizadas, o caso chamou a atenção da Polícia Civil de São Paulo, que investigará as operações dos sócios da BWA após suspeitas de estelionato e lavagem de dinheiro.

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Segundo a reportagem, aproximadamente 20 pessoas já registraram boletins de ocorrência envolvendo suposta prática do crime de estelionato por parte da BWA, informando valores perdidos que somam quase R$10 milhões.

O delegado Luiz Ricardo de Lara Dias Júnior afirmou que reunirá os boletins de ocorrência e investigará o que é alegado. Ele não descarta a possibilidade de descobrir supostas práticas de outros crimes. Dias afirma:

“Este dinheiro está em algum lugar e deve ter sido pulverizado.”

O delegado afirma ainda que os boletins de ocorrência equivalem a apenas 1% dos investidores que foram lesados, segundo projeções feitas pela autoridade policial. O motivo para que muitos não registrem suas perdas junto ao órgão policial, teoriza Dias, pode ser constrangimento em admitir ter sido enganado. Ele narra a história de um empresário que chorou ao prestar seu relato, após ter vendido dois imóveis e dois carros para investir junto à BWA.

Uma vítima explica que descartou a hipótese de pirâmide financeira, pois a empresa não pedia que mais pessoas fossem recrutadas. A captação de clientes, segundo ela conta, era feita por meio de consultores. O investimento mínimo era de R$30 mil, e os rendimentos mensais prometidos variavam entre 3% a 5% sobre o valor investido.

Mesmo com ordens de proibição de saída do país emitidas pela justiça, Jéssica da Silva Farias (que consta como sócia-administradora) e seu companheiro Paulo Roberto Ramos Bilibio (que supostamente comanda a empresa) estão nos Estados Unidos, conforme afirmou o jornal A Tribuna.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a diretoria da BWA afirmou que “justificou” a paralisação de suas atividades no segundo semestre de 2019, e a retomada das mesmas no primeiro trimestre de 2020. Conforme noticiou o CriptoFácil, a paralisação foi comunicada apenas em meados de janeiro e, apesar da plataforma retornar no dia 01 de março, o pagamento dos rendimentos retidos está previsto para ocorrer somente em junho.

A diretoria acrescenta:

“Lamentamos que uma mínima parte de clientes se baseou em rumores e notícias difamatórias, buscando uma solução por meios jurídicos.”

Leia também: Instituto brasileiro investe R$600 mil na BWA e tem valores retidos

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Gino Matos

Tenho 28 anos, sou formado em Direito e acabei fascinado pelas criptomoedas, ramo no qual trabalho há três anos.

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