Categorias Notícias

Brasileiros marcam presença na principal conferência da Ethereum do mundo

Um grupo de desenvolvedores brasileiros marcou presença na principal conferência sobre smart contracts e aplicações descentralizadas construídas em Ethereum do mundo, a ETHDenver, que ocorre, em Denver, Colorado, EUA. Além de participar do evento, que contou com a presença do fundador da Ethereum, Vitalik Buterin, os brasileiros concorreram com aplicações no principal hackathon do evento.

Entre os participantes nacionais da conferência, estava a desenvolvedora e instrutora de Ethereum da Blockchain Academy, Solange Gueiros, que no ano passado venceu um hackathon organizado pela EthGlobal em New York, EUA. Na ocasião, Gueiros venceu o desafio com a criação de um robô de arbitragem que faz operações de DAI com ETH, utilizando a ferramenta da Airswap. O projeto chama-se Caspian Tradex e ganhou o prêmio de melhor utilização dos produtos da AirSwap.

Desenvolvedora de blockchain, com conhecimentos em blockchains do Bitcoin e do Ethereum, Geth, Solidity, Mist, Truffle, Drizzle, Ganache, React, Javascript, NodeJS and Dapps (aplicações descentralizadas), Gueiros foi a primeira mulher a publicar um contrato inteligente na blockchain do Ethereum no Brasil.
De Denver, Gueiros relatou ao CriptoFácil, que a principal mensagem da ETHDenver é a escalabilidade da rede Ethereum que deve ser impulsionada por duas vias, a implementação do ETH2.0, que pode demorar até cinco anos e, paralelamente, o lançamento de propostas como sharding. O tema foi abordado por praticamente todos os principais players presentes no evento, inclusive por Buterin que expressou seu otimismo em relação à data de lançamento.
“Acredito que, definitivamente, o ETH2.0 vem sendo desenvolvido de maneira rápida e regular nos últimos meses. No entanto, ainda podemos demorar até cinco anos para ter uma solução completa e testada. Porém, novas soluções de dimensionamento, como rollups, estão surgindo, o que pode fornecer algum espaço extra para o Ethereum continuar a crescendo até que o ETH2.0 esteja ativado”, disse.
Já sobre finanças descentralizadas, Buterin afirmou que, à medida que continua crescendo, os produtos mais simples receberão mais usuários:
“Acho que os aplicativos DeFi que mais usam são os mais simples … stablecoins, ativos sintéticos, exchanges descentralizadas…”, observou ele, destacando também que o Ethereum já é um projeto que não precisa mais de sua liderança do ponto de vista tecnológico, porém, do ponto de vista ‘social’ ele, sem querer, ainda acaba atuando como uma espécie de ‘marketing’ do projeto, garantindo, de certa forma, sua credibilidade.
“Eu tentei deixar o debate da comunidade e me afastei de muitas discussões como os fundos presos na carteira multi-sig da Parity. Contudo, minha opinião ainda é requisitada em muitos momentos para muitas coisas, no entanto, com o tempo, acredito que isso irá diminuir e a comunidade definitivamente vai conseguir por si mesma resolver seus problemas”, finalizou.
Compartilhar
Luciano Rodrigues

Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.

This website uses cookies.