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Brasileiros da OriginalMy participam de grupo da ONU sobre casos de uso de blockchain

A União Internacional de Telecomunicações (ITU, na sigla em inglês), braço da Organização das Nações Unidas (ONU) responsável por padronizar tecnologias de telecomunicações internacionais, organizará um grupo de estudos focado em avaliar casos de uso da tecnologia blockchain e também das tecnologias de livro-razão distribuídos (DLTs).

E dentro do evento do grupo, que será realizado entre os dias 01 e 04 de abril na cidade de Madrid (Espanha), teremos a presença de dois importantes projetos criados no Brasil: a OriginalMy, empresa de registros de autenticidade em blockchain, e o aplicativo Mudamos, que permite o envio e votação de projetos de lei pela internet – e que utiliza os sistemas de assinaturas e autenticação da startup brasileira (OriginalMy).

Blockchain aplicada à realidade

De acordo com Edilson Osório, CEO da OriginalMy, a empresa foi selecionada entre diversos casos de uso relevantes. O ITU, então, selecionou aqueles que irão se apresentar durante a reunião do órgão.

“Eu fico muito feliz, porque esta é uma dobradinha que envolve a OM direta ou indiretamente. Tanto a própria OriginalMy sendo considerada um dos poucos casos de uso reais em blockchain pela ONU, como o próprio Mudamos, que internamente utiliza a engine produzida por nós”, afirmou Osório.

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A seleção por parte de um órgão da ONU é um passo relevante, pois significa que uma empresa saiu do campo “teórico” e passou a utilizar a tecnologia blockchain no dia-a-dia, resolvendo problemas reais. E Osório aproveitou para comentar a importância dessa seleção.

“O impacto nas atividades atuais e futuras da OriginalMy é bem claro: havendo o reconhecimento da ONU como caso de uso real de blockchain, causando impacto social e mudando a vida das pessoas para melhor, isso abrirá muitas portas no futuro. Principalmente porque estamos em um meio onde credibilidade e confiança são atributos essenciais.”

E não é de hoje que a OriginalMy traz soluções para problemas reais. Em 2018, a empresa participou diretamente de dois acontecimentos pioneiros. Um deles foi o primeiro registro de nascimento de um bebê feito na blockchain da Decred (DCR) no mundo. Já o segundo foi a primeira união estável homoafetiva registrada em blockchain no Brasil.

Ambos mostram o uso prático de uma das principais funcionalidades da empresa: a assinatura eletrônica de contratos em blockchain. E é a confiança que a tecnologia pode trazer para diversos processos que será o tema da palestra de Osório.

“Eu vou apresentar sobre como a OriginalMy ajuda a construir confiança nos processos de Governança e como isso impacta positivamente no Brasil e no mundo. Além disso, vou falar do processo de autenticação, assinatura, identidade e e-voting, e responder a duas perguntas dos presentes. Tudo isso em 10 minutos”, afirmou.

Embora o foco da apresentação seja a OriginalMy, Osório afirmou que também falará sobre como ela pode ser utilizada por outras empresas para causar impacto – como no caso do Mudamos.

“Eu quero passar a mensagem de que a OriginalMy sozinha já causa impacto, mas que outras coisas podem ser construídas utilizando nosso framework, para causar ainda mais impacto. Não falarei apenas da empresa em si, mas do que pode ser feito através dela”, finalizou.

Presença feminina no evento

Entretanto, a presença brasileira na reunião do ITU não se restringirá às empresas. A forte comunidade brasileira de mulheres que trabalham com blockchain também estará presente.

Uma das representantes dessa comunidade é a economista Ingrid Barth, criadora da startup de soluções em blockchain Cosmos. Barth participará do evento como Champion (especialista) de casos de uso financeiro. Nessa função, ela é a responsável pela seleção dos casos de uso na área financeira.

“Eu recebo os papers dos projetos, analiso, faço estudos em cima dos documentos e também faço a construção dos casos de uso da área financeira”, afirmou.

Barth destacou a pluralidade do evento, que conta com pessoas de todo o mundo reunidas na Espanha, e a atenção da ONU para as novas tecnologias blockchain e DLTs.

“É muito bom ver como a tecnologia pode ajudar nos objetivos da ONU. A ONU de fato entende o Blockchain como uma tecnologia que irá impactar positivamente a sociedade”, ressalta Barth.

Outra representante brasileira no ITU é Suzana Maranhão, engenheira de software em blockchain do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ela ocupa o cargo de vice chair (equivalente a vice-presidência) do ITU e deu mais detalhes sobre o evento.

“Serão quatro dias de evento. Na abertura hoje (01 de abril), tivemos um workshop sobre blockchain e sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis da ONU (SDGs, na sigla em inglês). Nos outros três dias haverá um grupo de estudos destinado a ver os casos de uso da tecnologia”, afirmou.

Embora o evento do ITU tenha a duração de quatro dias, Maranhão afirmou que as atividades irão até julho, quando será realizada a última reunião do grupo, em Genebra (Suíça).

“Os casos de usos que serão apresentados em Madrid servirão como material para o ITU discutir padronização. Olhamos as vantagens competitivas que a blockchain/DLT acrescenta, riscos, barreiras de implementação, e também verificamos como a padronização poderia ajudar esses casos de uso”, explicou Maranhão.

O evento será realizado na Universidad Pontificia Comillas, em Madrid. A apresentação da OriginalMy está marcada para as 14hs no horário local (09hs no horário de Brasília). Para quem deseja assistir, a universidade possui uma TV oficial em seu site, que pode ser conferida aqui.

Leia também: Fundador da OriginalMy anuncia protocolo para votações secretas em blockchain

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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