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Brasileiros conseguem aprovação da SEC para lançar STO de token nacional

Os brasileiros que estão desenvolvendo a LexToken (LEX), criptomoeda do Grupo Alexandria, que atua no Brasil no ramo de energia e possui clientes como Ambev e Grupo Positivo, conseguiram aprovação da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) para iniciar um STO de seu projeto em blockchain que pretende criar um ecossistema em torno da energia renovável.

“Ao adquirir um Lex, nosso criptoativo, a pessoa física ou empresa passa a ser investidora de novos processos de geração de energias renováveis atrelados a grandes empresas. Cada Lex está atrelado a um pedaço de uma usina geradora com alta rentabilidade e segurança”, explica Alexandre Brandão, CEO da operação.

Ao CriptoFácil, Brandão destaca também que o fator fundamental para aprovação junto à SEC foi a demonstração de lastro do criptoativo e de como a empresa pretende oferecer rentabilidade real aos investidores por meio da garantia de uma operação “offline”, ou seja, seu serviço de prestação de energia.

“A valorização do LEX não será meramente especulativa como é o caso do Bitcoin e de outras criptomoedas que têm seu valor determinado unicamente pela relação oferta/demanda. Isso não quer dizer que também não podemos ter exposição ao efeito especulativo, mas, no nosso caso, o criptoativo sempre terá um lastro que garante a operação e este lastro é dado por nossa atividade em construir plantas de fornecimento de energia para grandes players do mercado como Ambev e Grupo Positivo, temos grandes redes atreladas a nossa operação e que já são nossos clientes há bastante tempo”, destaca o CEO.

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O empresário destacou que as mensalidades de usinas de energias renováveis já construídas pelo grupo e cartas de intenção para os próximos dois anos da ordem de R$700 milhões, garantirão o lastro do LEX que também realiza uma processo rigoroso de compliance para garantir que a operação não seja usada para crimes como lavagem de dinheiro e também permitir apenas o acesso a investidores qualificados.

“Esse tipo de procedimento garante o rastreamento da operação dentro do ambiente da plataforma com 100% de segurança”, disse.

“Temos uma plataforma e uma blockchain própria para comercializar o ativo e todo o processo de compliance é feito por la. Fizemos isso para garantir a segurança da nossa plataforma e acreditamos que a tecnologia ainda vai evoluir muito, por exemplo, pode ser que o Hashgraph venha substituir a blockchain então precisamos ter controle de como nos adequar a este mercado para garantir também a integridade de nossa plataforma. Não podemos ficar ‘preocupados’ com hard forks e como eles podem impactar os smart contracts construídos neles. Somos uma plataforma regulada e temos que atender aos requisitos dos investidores e também dos reguladores, por isso, além dos ativos digitais, nossa operação possui contratos e comprovantes físicos garantindo a integridade do ‘virtual'”, reforça.

Sobre a SEC, que para muitos é visto com um obstáculo “intransponível”, Brandão reforça que o regulador norte-americano apenas quer garantir que empresas não usem do ecossistema cripto/blockchain para aplicar golpes como o realizado por diversas pessoas na “febre” das ICOs.

“A grande preocupação deles é, justamente o lastro, e geralmente os projetos não conseguem mostra como eles vão gerar lucro e manter as atividades. Um STO não difere de nada de um IPO ou outras captação de recursos no mercado. Por isso é muito importante mostrar a SEC a capacidade de geração de lucro efetiva, recompra futura entre outros pontos. Realizamos auditorias para certificar nossas operações, emitimos balanços que incluem a contabilidade dos tokens e, desta forma, damos lastro contábil a toda operação ‘virtual’ de nossa plataforma e, partir desta auditoria interna que estamos realizando temos conversado com auditores externos, com um grande empresa internacional que ainda não podemos revelar, para mostrar ainda mais transparência”, disse Brandão.

Interessante destacar que uma das regras para compra do LEX impede que criptomoedas sejam usadas como forma de investimento no projeto. Desta forma, Bitcoin e criptoativos não são aceitos dentro da plataforma que opera apenas com fiat, a medida, segundo Brandão, visa atender aspectos de compliance e garantir a integridade dos recursos que estão sendo aplicados na empresa.

“Você não consegue garantir a origem daquele Bitcoin ou daquela criptomoeda e, desta forma, aquele ativo pode vir de fontes não legais e isso pode prejudicar o projeto, por isso só aceitamos moedas fiduciárias, via transferência bancária, e com contrato assinado, assim estamos protegendo nosso projeto e nosso investidores”, destaca.

Pra Brandão, este processo de tokenização das empresas é o futuro a medida em que a digitalização da economia ganha mais corpo com notícias como a da JPM Coin e da intenção da Samsung e Facebook de lançar criptoativos.

“STO é um norte assim como a digitalização da economia, isso é uma operação sem volta, até mesmo países procuram emitir seus criptoativos (CBDC) e desta forma vemos que a própria moeda em si esta numa fase de transição, ela já foi pedra é hoje é digital. Isso é uma revolução sem volta, por tudo que ela envolve e por sua acessibilidade. Eu não vejo como o mundo pode caminhar para algo diferente disso, afinal a tecnologia sempre foi desenvolvida para facilitar a vida das pessoas e, ao atingir este objetivo, por mais que enfrente forças contrárias ela sempre acaba vencendo”, conclui.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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