Economia

Brasil torna-se o 7º maior mercado de criptomoedas do mundo e o 1º da América Latina

O Brasil é, hoje, o sétimo maior mercado de criptomoedas de todo o mundo, de acordo com a empresa de análise de blockchain Chainalysis.

De acordo com o seu relatório mais recente sobre a adoção das criptomoedas em 2022, o Brasil só está atrás de Vietnã, Filipinas, Ucrânia, Índia, Estados Unidos e Paquistão. Além disso, considerando apenas a América Latina, o Brasil é o maior mercado.

Segundo o levantamento divulgado nesta quarta-feira (14), o índice de adoção do Brasil (que vai de 0 a 1) é 0.562. No ano passado, o índice do Brasil era de apenas 0,16 e o país ocupava a 14ª posição no ranking global e a 4ª na América Latina.

Adoção das criptomoedas no mundo

Para o levantamento “Global Crypto Adoption Index 2022” (ou Índice Global de Adoção de Criptomoedas, em português), a Chainalysis ranqueia os países com base em um índice.

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Em vez de classificar os países por volume bruto de transações de ativos, a empresa mede onde a maioria das pessoas está investindo a maior parte de seu dinheiro em cripto.

“Embora a atividade institucional seja importante para isso, nós também queremos destacar os países onde os investidores individuais e não profissionais estão adotando mais os ativos digitais”, disse a empresa.

O índice da Chainalysis é calculado com base nas seguintes métricas: atividade total com criptomoedas do país em serviços centralizados; atividade de usuários individuais não profissionais; volume de comércio P2P (peer-to-peer) e volume de transações em DeFi. Vale destacar que no relatório do ano passado, a empresa não fez o recorde levando em conta o mercado DeFi em particular.

Top 10 global em adoção de cripto.

De acordo com a empresa, pelo segundo ano consecutivo, o Vietnã ocupa o primeiro lugar na adoção de criptoativos. Enquanto isso, os EUA subiram de 8º em 2021 para o 5º lugar este ano. E a China voltou a entrar no top 10 do índice este ano após ficar em 13º lugar em 2021 – apesar de ser proibido negociar cripto no país.

Principais conclusões

Conforme destacou a Chainalysis, foi possível observar que a adoção geral de cripto diminui em todo o mundo no mercado de baixa. No entanto, ela permanece acima dos níveis de mercado pré-alta, o que é positivo.

“Os nossos dados mostram que a adoção global se estabilizou no ano passado, depois de crescer consistentemente desde meados de 2019”, disse a empresa.

É possível notar a tendência no gráfico abaixo, em que a empresa soma as pontuações de todos os 154 países a cada trimestre, do 2º trimestre de 2019 até o presente. A adoção global de cripto atingiu o seu atual recorde histórico no segundo trimestre de 2021.

Com base no gráfico, a Chainalysis concluiu que muitos daqueles atraídos pelo aumento dos preços em 2020 e 2021 permaneceram e continuam investindo uma parte significativa de seus ativos em ativos digitais. Ou seja, as criptomoedas foram resilientes diante de quedas recentes.

Além disso, a análise constatou que os grandes detentores de criptomoedas de longo prazo mantiveram seus ativos mesmo na baixa.

“Os dados da cadeia sugerem que esses detentores estão otimistas que o mercado vai se recuperar, o que mantém os fundamentos do mercado relativamente saudáveis”, diz a empresa.

Mercados emergentes

Por fim, a empresa destaca que o relatório deste ano está em linha com o anterior, que mostra os mercados emergentes dominando o índice. Dos 20 principais países:

  • Dez são de renda média baixa: Vietnã, Filipinas, Ucrânia, Índia, Paquistão, Nigéria, Marrocos, Nepal, Quênia e Indonésia
  • Oito são de renda média alta: Brasil, Tailândia, Rússia, China, Turquia, Argentina, Colômbia e Equador
  • Dois são de alta renda: Estados Unidos e Reino Unido

Segundo a empresa, os usuários em países de renda média baixa e média alta em geral usam criptomoedas para enviar remessas; preservar as suas economias em tempos de volatilidade da moeda fiduciária; e atender a outras necessidades financeiras exclusivas de suas economias.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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