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Brasil negociou R$ 33 bi em criptomoedas até setembro, revelam dados

A Receita Federal do Brasil (RFB) divulgou um relatório com as negociações de criptomoedas no Brasil. Segundo o órgão, foram negociados cerca de R$ 33 bilhões entre janeiro e dezembro.

O relatório traz dados completos sobre o mercado. A maior parte ocorreu em Bitcoin e Ether (ETH), como mostram os dados abaixo. As colunas representam os seguintes dados:

  • Primeira coluna: nome da criptomoeda;
  • Segundo coluna: mês de negociação;
  • Terceira coluna: o número de transações;
  • Quarta coluna: a soma dos valores transacionados (em reais)
  • Quinta coluna: a soma média.
Volume de negociações em Bitcoin. (Fonte: RFB).
Volume de negociação ETH. (Fonte: RFB).

Porém, o documento traz dados sobre outras criptomoedas. Até mesmo Dai e Doge estão na lista.

Volume de negociação DOGE. (Fonte: RFB).

A RFB utilizou dados de mesas de operações de balcão (OTC, na sigla em inglês). No total, nove empresas foram avaliadas no Brasil:

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  • Transfero;
  • Foxbit;
  • Novadax;
  • Escher;
  • Nox Bitcoin;
  • Red River;
  • BitBlue;
  • Bit Preço;
  • OWS.

Busca por diversificação impulsiona volumes

O aumento de volume reflete o desempenho do Bitcoin no Brasil. Em novembro, a criptomoeda atingiu pela primeira vez a marca dos R$ 100 mil.

Segundo João Canhada, CEO da Foxbit, os investidores também estão buscando investimentos alternativos no mercado. E as criptomoedas aparecem como uma opção nesse sentido.

“São investidores em busca de diversificação, muitas vezes saindo do mercado tradicional, encerrando com aplicações financeiras em bancos e corretoras tradicionais, e vindo para adquirir seu primeiro Bitcoin. Este perfil de cliente prefere OTC”, disse.

De acordo com a Foxbit, as negociações via OTC representam 40% de sua receita.

Brasil pode ser um grande centro de Bitcoin

Além disso, o Brasil tem um grande potencial para o crescimento das negociações com Bitcoin.

Mesmo com a crise econômica da pandemia, o Brasil ainda tem um dos maiores PIBs do mundo, com R$ 7,3 trilhões. Em dólares, o PIB está em US$ 1,8 trilhão, o 9º maior do mundo.

Além disso, a inflação brasileira começa a pressionar. O último Boletim Focus previu uma inflação de 4,3% em 2020, acima da meta de 4% estipulada pelo Banco Central.

Essa ainda não é a hiperinflação vivida pela Venezuela ou a forte inflação da Argentina. No entanto, o cenário não é animador. E o Bitcoin pode se beneficiar disso.

O país também tem uma longa história de controle de capitais, algo que pode colocar barreiras para as pequenas empresas. E onde há controles, o Bitcoin está lá para remover essas barreiras.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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