Segurança

Braiscompany atrasa pagamentos e usuários reclamam; empresa diz que atualização foi culpada

A empresa de investimentos em criptomoedas Braiscompany, que atua no estado da Paraíba, foi alvo de reclamações a partir da terça-feira (20). De acordo com clientes, a empresa atrasou parte dos pagamentos programados para acontecer exatamente naquele dia.

Em algumas publicações recentes no perfil da empresa no Instagram, clientes mencionam que não receberam seus pagamentos referentes ao mês de dezembro. A empresa é famosa por oferecer rentabilidades de até 8% ao mês através de supostos investimentos em criptomoedas.

No entanto, é possível notar que várias das publicações não possuem mais comentários referentes às cobranças pelos atrasos. Outros usuários perceberam isso e questionaram ainda mais, afirmando que a empresa estava apagando as mensagens de cobranças.

Empresa culpa “aplicativo” pelo lançamento

De acordo com o portal de notícias “Polêmica Paraíba”, muitos clientes foram pegos de surpresa por causa do atraso. A empresa realiza pagamentos mensais para os clientes de forma pontual todo dia 20 de cada mês, mas os pagamentos de dezembro não caíram nessa data.

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Um cliente, que pediu anonimato, disse ao portal que fez vários comentários no Instagram, mas não teve resposta das reclamações. Somente após entrar em contato com o suporte da Braiscompany é que o cliente soube que o atraso ocorreu por causa de uma “atualização” no aplicativo da empresa.

Em nota, a Braiscompany disse que pretende lançar seu aplicativo Brais A no dia 18 de dezembro e por isso teve que fazer atualizações para integrar o sistema.

“Informamos que os pagamentos dos índices de remuneração de amanhã, 20/12/22 serão efetuados no prazo de até 72h. Isso ocorrerá para que possamos sincronizar os nossos pagamentos com o nosso aplicativo”, disse a empresa via e-mail.

Atualmente, a Braiscompany não usa o aplicativo ou um sistema interno para efetuar o pagamento dos clientes. Em vez disso, a empresa envia os supostos lucros mensais diretamente para a carteira de bitcoin informada pelo usuário e mantida em corretoras de criptomoedas.

Acusações de pirâmide financeira

O caso da Braiscompany ganhou repercussão no final de 2020, quando a empresa caiu na mira do analista Tiago Reis. Fundador da Suno Research e crítico inveterado do Bitcoin (BTC), Reis acusou a empresa de operar um esquema de pirâmide financeira.

Na época, a rentabilidade que a empresa oferecia girava em torno de 3 a 10% ao mês. O valor, que já era totalmente fora da realidade do mercado, é compatível com o oferecido por outras empresas suspeitas.

“Quem for da Paraíba, aonde a Braiscompany tem presença forte, avisem seus amigos para sair desta pirâmide. Quanto mais cedo eles saírem dessa, melhor, pois quem demorar vai ficar sem nada”, alertou o analista.

Depois que expôs a empresa, Reis chegou a travar uma disputa na justiça onde acusava a Braiscompany de ser uma pirâmide financeira. A empresa processou o analista por difamação, mas perdeu na justiça e teve que provar que não é uma pirâmide.

No entanto, desde aquela época Reis deixou de falar sobre a Braiscompany ou sobre quaisquer supostos esquemas de pirâmide em suas redes sociais. Quanto à empresa, a falta ou atraso de pagamentos sempre são maus sinais, dados que estes são os primeiros indícios da queda de supostos esquemas.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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