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Bolsa de Nova York recebe solicitação para abertura de ETFs baseados em bitcoin

Após o sucesso da abertura dos mercados futuros de bitcoin na CBOE e na CME, o interesse de outros mercados voltou a aparecer. Dessa vez, por parte da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE).

A NYSE (New York Stock Exchange) anunciou nesta quarta-feira (20/12) a intenção de criar dois ETFs para a negociação de mercado futuro em bitcoin. O ProShares Bitcoin ETF e o ProShares Short Bitcoin ETF terão o objetivo de auxiliar os investidores e traders do mercado a realizarem movimentações sobre como a volatilidade dos índices futuros da moeda irá se comportar.

Ambos os ETFs irão seguir de perto a movimentação dos índices da CBOE e da CME. Com base neles, os fundos poderão investir seus ativos nesses contratos, contando ainda com a opção futura de investir em contratos que estejam fora do benchmark desses índices. A NYSE também destacou que os fundos não vão possuir a moeda em si:

“Sendo contratos de longo prazo amparados em Bitcoin, o fundo busca se beneficiar dos aumentos diários no preço dos contratos futuros da moeda. O fundo não terá como benchmarks o preço atual do Bitcoin e não investirá diretamente em Bitcoin. Se o preço dos contratos futuros detidos pelo fundo cair, o fundo perderá valor”.

Acrescentando mais legitimidade

Não será a primeira vez que uma tentativa de lançar um fundo de índice em bitcoin. Ainda nesse ano, em julho, um ETF capitaneado pelos irmãos Winklevoss, co-criadores do Facebook, teve a sua abertura negada pela SEC, o que adiou a entrada da moeda no mercado de Wall Street.

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Entretanto, mudanças ocorridas em vários mercados no último ano parecem indicar uma reviravolta na postura do órgão regulador. Desde a recusa da SEC até o momento, o bitcoin já foi regulamentado no Japão (em um caso extremamente bem sucedido de regulamentação positiva), e novas regulamentações estão sendo discutidas nos mercados da Rússia, China e Brasil. Essa nova direção revela uma tendência de maior aceitação da moeda – o que certamente irá refletir na postura da SEC sobre a abertura de novos fundos baseados na moeda.

Caso a bolsa de Nova York consiga autorização para lançar seus ETFs, isso poderá representar um novo passo em termos de legitimidade. Isso pode ser bastante positivo para um mercado cujo mercado ainda carece de regulamentação (o que gera incertezas entre grandes investidores) e cujo preço segue com uma alta volatilidade. Isso também pode ter novos impactos no preço do bitcoin, gerando mais um rali de alta, assim como ocorreu após a abertura dos mercados futuros.

Segundo Win Thin, líder global de mercados emergentes da consultoria Brown Brothers Harriman, ainda é cedo para avaliar as consequências da aprovacão de um ETF:

“É muito difícil para nós, como analistas de moedas, seguir isso. Ele (ETF) representa uma maior integração. Esperemos que essa aprovação resulte em mais um controle regulatório. Além disso, não temos nenhum indicativo sobre quais resultados isso pode gerar”.

Já Barry Silbert, fundador e CEO do Digital Currency Group, afirma:

“Eu acho que (a SEC) vai finalmente permitir a aprovação do ETF de bitcoin e outros ETFs de moedas digitais, o que pode indicar uma grande mudança de jogo”

Opiniões contrárias?

Embora os irmãos Winklevoss e outros não tenham obter a aprovação da SEC para abertura de um ETF no passado, hoje as circunstâncias mudaram. Com o sucesso do lançamento dos índices futuros nas bolsas CME e CBOE, a SEC já não tem mais o argumento da falta de um mecanismo regulado para a descoberta de preços (o principal argumento para negar a abertura das propostas anteriores de criação de ETFs). Um ETF de bitcoin é visto como um grande passo para a moeda, pois abriria possibilidade de negociação para investidores tradicionais, o que pode ter fortes impactos tanto na aceitação do bitcoin como moeda e também na sua cotação.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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