Em um decreto presidencial publicado nesta quarta-feira, 26 de junho, no Diário Oficial da União (DOU), o governo brasileiro instituiu o Plano Nacional de Internet das Coisas (IoT). A finalidade é “implementar e desenvolver a Internet das Coisas no país e, com base na livre concorrência e na livre circulação de dados, observadas as diretrizes de segurança da informação e de proteção de dados pessoais”. O texto também discorre sobre a Câmara de Gestão e Acompanhamento do Desenvolvimento de Sistemas de Comunicação Máquina a Máquina e Internet das Coisas.
O documento vinha sendo desenhado pelo menos desde o governo Michel Temer e define a IoT como uma “infraestrutura que integra a prestação de serviços de valor adicionado com capacidades de conexão física ou virtual de coisas com dispositivos baseados em tecnologia da informação e comunicações existentes e nas suas evoluções, com interoperabilidade”.
A publicação foi comemorada por especialistas no setor que disseram ser um marco para o país a inserção de IoT no Plano Nacional brasileiro.
“A medida que a iot se expande, cresce também a necessidade de se utilizar medidas seguras e automatizadas de se habilitar esses dispositivos a redes e processos. O blockchain entra nesse cenário para garantir a proteção dessas comunicações, evitando que os dispositivos IoT sejam comprometidos por ciberataques e evitar que padrões comportamentais dos usuários sejam reveladop”, destacou Flavio Maeda, Presidente da Associação Brasileira de Internet das Coisas (Abinc).
Segundo Maeda, IoT está em um momento propício para uma expansão forte, pois todas as condições para um bom desenvolvimento já foram criadas: “A notícia (do decreto do Plano Nacional de IoT) é de interesse de todo o ecossistema da IoT. O estudo para o Plano Nacional de IoT foi muito bem feito e agora todas as ações e políticas públicas que dependiam da assinatura deste decreto serão habilitadas e executadas”, avalia. “Considerando os nossos associados, majoritariamente empresas provedoras de serviços e produtos para a criação de soluções para IoT, ninguém estava esperando o plano ser aprovado para empreender ou fazer negócios, mas esta validação do governo traz boas perspectivas para o setor, principalmente nas áreas consideradas prioritárias pelo estudo e que são fortemente dependentes e demandadas pelo governo como saúde e cidades inteligentes”, finaliza.
A relação entre IoT, Bitcoin, criptomoedas e blockchain é tão estreita que desenvolvedores acreditam que o potencial da Internet das Coisas só poderá ser pleno quando integrado com DLT e criptomoedas.
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Tamanha é a relação entre as tecnologias que, no Brasil, segundo um levantamento exclusivo feito pelo CriptoFácil, a Fundação Iota deve assinar um Memorando de Entendimento com a Associação Brasileira de Internet das Coisas para fomentar o desenvolvimento do setor e apresentar seu DLT, o Tangle, para as empresas que integram a associação. Os detalhes da parceria ainda não foram revelados.
Recentemente, a Iota também anunciou uma parceria com uma das maiores fabricantes de automóveis do mundo, o Grupo Renault, para promover o Smart City Hackathon, um evento que busca incentivar o desenvolvimento de soluções para cidades inteligentes (smart cities).
Voltando ao Brasil, o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) assinaram acordo de cooperação técnica para a implementação de um sistema que utiliza a tecnologia de Internet das Coisas (IoT) para o uso racional de água pelos pequenos e médios agricultores e que pode integrar blockchain no futuro.
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