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Blockchain não garante qualidade e fabricante de produtos contra o coronavírus tem exportação proibida na China

O Ministério do Comércio da China acaba de proibir duas empresas locais de exportar produtos antiepidêmicos por problemas de qualidade. Entretanto, uma dessas empresas usa um sistema em blockchain justamente para garantir a qualidade de seus produtos e isso fez com que o Ministério do Comércio emitisse um comunicado adicional criticando o uso da tecnologia, argumentando que ela pode acabar por legitimar fraudes.

Segundo informações, a empresa Pequim Qidi Blockchain Technology Development Co., Ltd pode ter fraudado o próprio sistema de rastreamento de produção usando uma matéria-prima mais barata. Desta forma, a empresa teria fraudado os dados de entrada no sistema blockchain e, com isso, teria comprometido toda a informação da cadeia de produção. Porém, até a publicação da reportagem, o Ministério do Comércio chinês não informou quais foram as fraudes encontradas nas empresas.

No entanto, a editora do 8BTC, Lylian Teng, levantou hipóteses do que pode ter ocorrido e destacou que a verificação que ocorre no processo de validação de blocos no Bitcoin é o que impede que fraudes como esta ocorram. Segundo ela, para o caso das blockchains privadas, que vêm sendo utilizadas pela indústria, é preciso que seja adotado um processo semelhante para que as informações validadas na blockchain não provenham de uma única fonte que alimenta o sistema.

“No caso de máscaras, por exemplo, à medida que a matéria-prima do tecido soprado por fusão continua subindo, para obter mais lucros, o fabricante de máscaras usa um pano comum para substituir o tecido soprado por fusão, e o pessoal operacional registra o material como tecido soprado por fusão na blockchain. Depois que a máscara for produzida e enviada para a logística, o pessoal de logística inserirá as informações de logística no blockchain. Por fim, o receptor acredita que a máscara é uma prevenção epidêmica depois que ele digitaliza o código QR para aprender as informações da máscara, mas a máscara é realmente um produto inferior. Nesse caso, assumimos apenas que os dados de entrada na fonte estão incorretos, enquanto que em cenários reais, é possível que os dados de entrada estejam incorretos em todas as etapas e, desde que haja erros em uma etapa, as informações registradas em blockchain serão enganosas”, disse.

Para evitar que as informações sejam fraudadas e, com isso impedir que empresas como a Pequim Qidi manipulem dados na blockchain, Teng declara que é preciso unir Internet das Coisas (IoT) e Inteligência Artificial (IA) para que os dados sejam validados por meio destas tecnologias antes de serem registrados em blockchain.

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“A combinação de IoT, IA e blockchain pode servir como uma solução para um sistema antifalsificação e rastreabilidade”, destacou Teng.

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Luciano Rodrigues

Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.

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