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Blockchain em eleições? Bullshit! Vamos para as cédulas!

Rá! O título era um click-bait. Obviamente que é o contrário. Mas por que é o contrário? Porque blockchain é de grande importância para eleições? Será que blockchain resolveria o que rolou no congresso?

Para os leitores que não acompanham a política nacional, nos últimos dias, tivemos a posse dos eleitos no último pleito eleitoral, e também a eleição dos respectivos presidentes das casas (Câmara e Senado).

Em um momento de total “loucura” na eleição do Senado, que sabe-se lá o motivo, convencionou-se que a votação seria em cédulas. Ok para essa decisão. O problema é que na contabilidade do resultado do processo foram contabilizadas 82 cédulas, sendo que na casa haviam 81 senadores.

Pois bem, a blockchain funciona perfeitamente onde não há confiança entre as partes. Alguém confia no congresso? Os próprios congressistas confiam suas decisões entre eles? Partindo disso podemos chegar uma conclusão que não.

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Mas como a blockchain se encaixaria?

O princípio da blockchain é: garantir a confiabilidade, rastreabilidade e imutabilidade das informações entre atores conflitantes em um sistema descentralizado e distribuído, onde todos irão compartilhar as mesmas informações, sem adulterar.

Com essa premissa conseguimos eliminar o corrupto, afinal, todos irão ver quem imputou a informação e se ela foi a correta ou não. E sem gerar o desconforto final e grande susto: 82 votos, porém eram 81 presentes.

Outra vantagem excelente da blockchain nesse caso é: todos podem auditar, mesmo aqueles que não fazem parte da votação. Mesmo utilizando DLT, há como colocar para consulta pública o que foi feito e decidido. Lembre-se: uma vez informação imputada não há mais como voltar atrás. Logo, uma vez votado, estará lá pra sempre e todos podem auditar.

Quando você utilizar um sistema centralizado, há a necessidade de confiar cegamente em uma entidade, que irá garantir que a informação estará lá e que não será alterada, mas quem garante que no banco de dados, essa informação estará lá mesmo? Afinal, pode ser usado um PDF qualquer, com qualquer informação, que teremos que aceitar. Vivemos em uma sociedade onde não há como confiar em um centralizador de informação ou até um intermediário, afinal, será que eles são justos?

Por que dormir com essa dúvida, se já temos tecnologia para tal fim.

Então, vamos relembrar: blockchain é perfeita onde há atores conflitantes, quando não existe confiabilidade entre eles. Blockchain funciona como um grande banco de dados descentralizado e imutável.

Com isso, torna-se a tecnologia perfeita para governança. Há como fazer governança usando outras ferramentas dentro dessa tecnologia como: politeia (deCRED, que já falei em outro texto), smart-contracts na rede Ethereum, votações descentralizadas sem a necessidade de ir ao um lugar específico, ou enviar a informação do voto para uma central.

Atualmente, já temos exemplos de países que promoveram votações utilizando blockchain e o sucesso foi surpreendente.

No Brasil, a Abfintechs realizou a primeira votação em blockchain. Ingrid Barth, idealizadora e fundadora do Cosmos Blockchain, utilizou a OriginalMy como fornecedora da ferramenta para tal fim.

E você? Em quanto tempo acredita que a governança via blockchain impactará os processos eleitorais no Brasil? Ou se vai?

Quanto tempo teremos que esperar para evitar que cenas como as que vimos no Senado se repitam?

Os próximos capítulos da história vão nos contar esse desfecho!

Leia também: Governança splitada e descentralizada

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Gabriel Rhama

Rhama, CEO & Co-founder da Profitfy e COO & Co-founder da Cosmos Blockchain. Há 6 anos estudando, empreendendo e evangelizando pessoas para a criptoeconomia nacional e internacional.

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