Economia

BlackRock: se Ethereum for valor mobiliário, isso não impede aprovação do nosso ETF

Em uma entrevista à Fox Business, Larry Fink, CEO da BlackRock, uma das maiores gestoras de ativos do mundo, afirmou que uma eventual determinação da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) de que o Ethereum (ETH) é um valor mobiliário não seria um obstáculo para a criação de um ETF spot baseado no criptoativo.

“Acho que sim”, respondeu Fink quando questionado sobre a possibilidade de um ETF para o ETH. Vale destacar que a BlackRock submeteu sua solicitação para um ETF em novembro do ano passado.

Fink já expressou anteriormente sua visão positiva sobre a existência de um ETF para o Ethereum no início deste ano.

O debate sobre a aprovação de fundos baseados em ETH tem crescido, especialmente devido à falta de clareza da SEC sobre a classificação do ETH. Há relatos de que o regulador iniciou uma campanha legal para classificar a criptomoeda como “security” (valor mobiliário).

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BlackRock quer ETF de Ethereum

Uma possível decisão da SEC teria impactos significativos no desempenho do Ethereum e do mercado como um todo, considerando que o ETH é a segunda maior criptomoeda em capitalização, depois do Bitcoin. Isso resultaria em mudanças e novas regras de compliance que muitos consideram inadequadas para esse tipo de ativo.

Especialistas como Eric Balchunas, da Bloomberg Intelligence, colocam a probabilidade de aprovação de um ETF Ethereum em 25%, enquanto jornalistas como Eleanor Terrett, da Fox Business, indicam que a SEC não está tão envolvida com os ETFs Ethereum quanto esteve com os ETFs de Bitcoin.

Por outro lado, o diretor jurídico da gestora de fundos Grayscale acredita que os ETFs Ethereum deveriam ser aprovados, assim como os ETFs de Bitcoin, já que são “idênticos na comparação”.

Fink também comentou sobre o ETF spot de Bitcoin da BlackRock (IBIT), que se tornou público em janeiro deste ano, indicando seu otimismo sobre a viabilidade do Bitcoin a longo prazo e surpresa com a demanda do varejo pelo fundo.

O IBIT alcançou uma capitalização de mercado de US$ 10 bilhões em menos de três meses após o lançamento, tornando-se o ETF que mais rapidamente atingiu esse valor em toda a história.

Atualmente, o IBIT acumulou US$ 16 bilhões em ativos sob gestão (AuM) e responde por mais de 40% de todos os volumes diários de negociação de ETFs de Bitcoin, conforme dados do The Block.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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