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Bitwise envia comunicado à SEC e se diz comprometida com a criação de um ETF de Bitcoin

A gestora de criptoativos Bitwise escreveu uma nova carta para a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês) dizendo que está “comprometida” em criar um fundo de Bitcoin negociado em bolsa (ETF).

A carta, enviada pela Bitwise na quarta-feira, 18 de dezembro, e publicada pela SEC na sexta-feira, 20 de dezembro, é a resposta da empresa à decisão da SEC de rejeitar o pedido de abertura de um ETF feito pela Bitwise – a ordem de rejeição foi emitida em outubro, conforme relatou o CriptoFácil.

Escrita pela equipe executiva da Bitwise – Hunter Horsley (CEO), Hong Kim (CTO), Teddy Fusaro (COO) e Matt Hougan (chefe global de pesquisa) – a carta tenta abordar as preocupações da SEC sobre manipulação de mercado e compartilhamento de vigilância, apontadas como as razões para as sucessivas rejeições de pedidos de abertura de ETFs.

Manipulação do mercado e vigilância

Na frente da manipulação do mercado, a Bitwise disse que o mercado de Bitcoin é “excepcionalmente resistente” porque o preço do criptoativo é definido no mercado aberto. Já os mercados tradicionais “dependem de preços fixos coordenados”, nos quais podem ocorrer escândalos como o escândalo da Taxa Interbancária de Londres (LIBOR) de 2012.

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“A fungibilidade inerente do Bitcoin e a natureza distribuída do mercado permitiram a arbitragem eficaz entre diferentes locais de negociação, o que ajudou a isolar o Bitcoin das tentativas de manipular mercados individuais”, acrescentou a empresa.

Sobre a exigência de compartilhamento de vigilância, a Bitwise disse que a NYSE Arca (que apresentou a proposta do ETF junto com a empresa) tem um contrato de compartilhamento de vigilância em vigor com a Bolsa Mercantil de Chicago (CME, na sigla em inglês) – uma das primeiras a emitir contratos Futuros de Bitcoin – por meio de sua participação no Intermarket Surveillance Group.

“Como outro exemplo, a taxa de referência CME CF Bitcoin usada para liquidar os contratos futuros de Bitcoin na CME, regulamentados pela CFTC, depende de um conjunto robusto de regras que respondem pelo compartilhamento de dados e preocupações com a manipulação do mercado. Essa taxa é governada por um Comitê de Supervisão presidido pelo CME, e seus preços são retirados de cinco grandes exchanges de Bitcoin: Bitstamp, Coinbase, Gemini, itBit e Kraken”, destacou a Bitwise.

Um argumento semelhante também foi feito pelo fundador e sócio-gerente da Wilshire Phoenix, William Herrmann. A Wilshire também apresentou uma proposta à SEC para um ETF de Bitcoin e títulos do Tesouro dos EUA. A decisão sobre este pedido, o único em análise pela SEC até o momento, foi adiada para 26 de fevereiro de 2020.

Demanda crescente dos investidores

Na carta de quarta-feira, a Bitwise também disse que “um grande número” de investidores americanos já estão investindo em Bitcoin, e a necessidade de um instrumento de mercado seguro e eficiente para esse mercado é “crítica”. A Bitwise citou um estudo recente da corretora Charles Schwab, que mostrou que os millennials investem mais dinheiro no Bitcoin Trust (GBTC), fundo de investimento em Bitcoin da Grayscale, do que em ações da Netflix e outras grandes empresas.

A Bitwise lançou sua proposta de ETF pela primeira vez em janeiro de 2019. Desde então, a Bitwise se encontrou com a SEC oito vezes. Hougan disse ao The Block que a empresa também enviou 500 páginas de um whitepaper e uma apresentação sobre volumes falsos de exchanges.

Mesmo com a rejeição do pedido, a Bitwise disse que está “comprometida” em fornecer a todos os investidores a capacidade de investir em Bitcoin em um formato de fundo regulamentado.

“Acreditamos que esse ETF acrescentaria proteções materiais para milhões de investidores norte-americanos que atualmente usam outras avenidas para acessar o mercado de Bitcoin, bem como para futuros investidores que optarem por fazê-lo”, concluiu.

No final de novembro, a SEC anunciou que a rejeição do pedido da Bitwise passaria por uma revisão pela autarquia.

Leia também: SEC anuncia revisão sobre rejeição de ETF da Bitwise

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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