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Bittrex quer usar empréstimo de Bitcoin para reembolsar clientes

Conforme noticiou o CriptoFácil, a exchange de criptomoedas Bittrex entrou com pedido de proteção contra falência junto ao tribunal de Delaware na última segunda-feira (08). A Bittrex listou ativos e passivos de até US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5 bilhões) cada em seu processo. Além disso, informou que possui mais de 100.000 credores.

A fim de reembolsar os clientes afetados pelo processo de recuperação judicial e custear o planejado encerramento de suas operações nos EUA, a Bittrex solicitou ao tribunal de falência uma liberação para tomar emprestado até 700 Bitcoins de sua empresa-mãe. Em reais isso equivale a cerca de R$ 95,7 milhões.

De acordo com uma reportagem da Bloomberg, publicada nesta terça-feira (09), o acordo de empréstimo proposto está na forma de um “empréstimo do Capítulo 11” fornecido pela controladora da Bittrex, a Aquila Holdings Inc., que não está em processo de falência.

Este é um tipo de empréstimo oferecido no âmbito do Capítulo 11 do Código de Falências dos Estados Unidos. A operação visa ajudar a empresa a se reorganizar e se recuperar financeiramente.

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A Bittrex disse nos documentos ao tribunal que seus consultores cogitaram obter o empréstimo em dólares americanos. No entanto, a Aquila teria exigido que se usasse Bitcoin no empréstimo a fim de evitar “potenciais consequências fiscais negativas” que também tornariam o empréstimo mais caro.

Recuperação judicial da Bittrex

O processo de proteção contra falência da Bittrex chega cerca de um mês depois de a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) enviar uma notificação de Wells à exchange por supostas violações das leis de proteção ao investidor. O “Wells Notice” é um aviso emitido pela SEC para informar a uma empresa que a agência está considerando uma ação de execução contra ela.

Mas, antes disso, a Bittrex anunciou que encerraria as atividades no país. No anúncio, a exchange citou incerteza regulatória nos EUA e disse que “não é economicamente viável” para a exchange continuar a operar no país.

Na ocasião, a empresa também deixou claro que a retirada dos EUA não afetaria os usuários da Bittrex Global. Da mesma forma, um porta-voz da exchange informou agora que o pedido de proteção contra falência não afetará a plataforma global.

A Bittrex é a mais recente empresa de criptomoedas a entrar com pedido de recuperação judicial. A exchange está se juntando a empresas como FTX, Celsius, Voyager e BlockFi.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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