Fintech

Bittrex Global anuncia fim das operações e pede que clientes saquem fundos

No fim do mês de outubro, a exchange de criptomoedas Bittrex Global recebeu do tribunal de falências dos Estados Unidos uma aprovação para seu plano de falência revisado para encerrar as suas operações nos EUA.

Agora, a empresa anunciou oficialmente o fim das atividades. Além disso, pediu que os clientes da exchange retirem os seus fundos o quanto antes

“É com grande pesar que anunciamos que a Bittrex Global decidiu encerrar suas operações. Esta decisão não foi tomada levianamente e entendemos a inconveniência que isso pode causar aos nossos valiosos clientes”, disse a exchange em um comunicado em seu site. “Todos os usuários são fortemente incentivados a fazer login em suas contas e retirar ativos o mais rápido possível.”

A exchange informou em seu comunicado que todas as atividades de negociação na plataforma cessarão em 4 de dezembro. Após essa data, os clientes só poderão retirar ativos no âmbito do processo de liquidação.

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A empresa observou ainda que os clientes da Bittrex Global não podem sacar diretamente seus fundos em dólares americanos. Em vez disso, precisa converter os ativos em euros ou em criptomoedas para poder sacá-los.

Bittrex: do topo ao fundo do poço

A Bittrex chegou a ser uma das maiores exchanges dos EUA, com uma participação de mercado de 23% no início de 2018. No entanto, essa participação caiu para menos de 1% em 2021 e a exchange não se recuperou desde então, pelo contrário.

Em maio deste ano, a exchange de criptomoedas entrou com pedido de proteção contra falência do Capítulo 11. Na ocasião, a empresa disse que tinha ativos e passivos estimados entre US$ 500 milhões e US$ 1 bilhão, respectivamente. Além disso, informou que possui mais de 100.000 credores.

O “Chapter 11” é um processo legal que permite que empresas com dificuldades financeiras reorganizem suas dívidas e reestruturem suas operações para tentar se recuperar.

Antes disso, no mês de março, conforme noticiou o CriptoFácil, a empresa comunicou que estava saindo dos EUA. No anúncio, a exchange citou a incerteza regulatória nos EUA e disse que “não é economicamente viável” para a exchange continuar a operar no país. Mas o plano ainda carecia de autorização da justiça.

Em agosto deste ano, a Bittrex e o ex-CEO, William Shihara, fizeram um acordo com a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) para pagarem uma multa de US$ 24 milhões (R$ 116 milhões). De acordo com a agência, o acordo dizia respeito às acusações que a Bittrex enfrentou por operar uma bolsa de valores, corretora e agência de compensação nacional não registrada.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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