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Bitmain recebe “hard fork”: Jihan Wu abre outra empresa durante briga com cofundador

A briga pelo controle da Bitmain, a maior empresa de fabricação de equipamentos de mineração de Bitcoin, está cada vez mais intensa.

isso porque, agora, o cofundador da companhia, Jiha Wu, está articulando uma espécie de hard fork na Bitmain.

Para isso, Wu registrou uma nova empresa com a qual pretende assumir a cadeia de suprimentos da Bitmain, fabricante de mineradores Antminer.

Wu tem uma disputa acirrada pela empresa com Micree Zhan Ketuan, o outro cofundador que ele supostamente demitiu em outubro do ano passado.

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Hard fork

Para executar seu “hard fork”, Wu criou a Guiji Yanghang, que foi registrada na província de Shenzhen, na China.

No formulário de inscrição, é possível observar que a empresa faz parte do Grupo Bitmain Tecnologia de Pequim, sendo composta por subsidiárias no comando dos negócios da Bitmain.

Desta forma, a nova empresa seria encarregada de criar uma cadeia de suprimentos e um processo de fabricação para os Antminers separadamente.

Assim, segundo fontes ligadas ao caso, o próximo passo de Wu na disputa com Zhan será lutar pela propriedade do próprio Antminer. No entanto, detalhes sobre os próximos movimentos de Zhan ainda são desconhecidos.

Outra fonte anônima garantiu que esse movimento por parte de Wu responde à necessidade de recuperar o controle sobre a distribuição dos equipamentos.

Essa estratégia teria sido adotada depois que Zhan assumiu o controle da fábrica em Shenzhen e suspendeu o envio dos mineradores para seus clientes.

Briga

A briga entre os cofundadores da Bitmain começou em 2017 durante o hard fork que criou o Bitcoin Cash (BCH). E a situação mantém um ambiente de confusão entre os funcionários, investidores e clientes da empresa.

Entretanto, uma divisão hipotética do processo de fabricação e distribuição que emergiria da nova empresa criada por Wu apenas acentuaria essa situação.

Como resultado, diante desse confronto, a liderança da Bitmain no mercado de mineração de Bitcoin perde força. Prova disto é um estudo BitMEX que mostra uma queda no domínio da empresa nos últimos 18 meses.

A queda é resultante, principalmente, do aumento da concorrência e do lançamento de equipamentos mais eficientes de outras empresas. Por isso, a disputa não ajuda a melhorar a situação.

Apesar de tudo, a Bitmain ainda mantém sua força nesse mercado, tendo registrado ganhos de mais de US$ 300 milhões nos primeiros quatro meses deste ano.

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Luciano Rodrigues

Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.

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