Categorias Notícias

Bitmain possui metas ambiciosas e busca promover uma das maiores IPOs do mundo

Recentemente, a Bitmain, gigante chinesa do setor de fabricação de chips para mineração de criptomoedas, anunciou a arrecadação de US$1 bilhão em sua pré-IPO, e parece que os planos da empresa continham sendo ambiciosos.

De acordo com informações do site de notícias CoinDesk, a Bitmain espera alcançar US$18 bilhões em sua IPO (oferta pública inicial), com uma meta de valor total de mercado estimada entre US$40 e US$50 bilhões. A empresa será listada na Bolsa de Valores de Hong Kong em setembro de 2018.

Os números divulgados pela empresa posicionam a Bitmain para deslocar o gigante de mídia social Facebook como uma das maiores ofertas públicas da história. E a empresa anunciou novos números e planos que seguirão ao futuro lançamento em bolsa.

Criando novos bilionários

Com as estimativas para a IPO, a participação combinada dos cofundadores da Bitmain, Micree Zhan e Jihan Wu, pode alcançar cerca de US$30 bilhões. O valor baseia-se na participação conjunta de ambos na empresa, estimada em 60%, conforme entrevista dada ao portal de notícias Bloomberg, em janeiro deste ano.

🚀 Buscando a próxima moeda 100x?
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora

Um prospecto de investidor preparado para a IPO mostra exatamente o quão significativo foi o negócio de mineração da Bitmain. No ano passado, as máquinas da empresa representaram 66,6% do volume total de mineração e suas pools cobriam 40% da rede total de mineração.

Quando o prospecto foi elaborado, a BTC.com, maior pool de mineração do mundo, contava com mais de 560 mil máquinas, que extraíam aproximadamente 11.200 de um total de 36 mil blocos da rede do Bitcoin. Para efeito de comparação, a AntPool, segundo maior pool de mineração, serviu mais de 440 mil máquinas para Bitcoin e outras criptomoedas.

Além da receita gerada pelos custos de hardware e pelas taxas de transação, a Bitmain teve lucros de US$100 milhões, US$1,1 bilhão e US$1 bilhão em 2016, 2017 e no primeiro trimestre de 2018, respectivamente. Os lucros do primeiro trimestre desse ano são muito superiores ao do ano passado, sendo que a empresa anunciou uma estimativa de lucro entre US$2.5 e US$3 bilhões para todo o ano de 2018. Parte dos fundos foram reservados para investimentos em 30 empresas de blockchain para uma divisão de pesquisa de blockchain, que já contava desde 2016 com a Blocktrail, serviço de análise de dados com blockchain.

Novo alvo: Inteligência Artificial

A Bitmain mantém-se atenta aos avanços da indústria de mineração. O prospecto da IPO descreve as ambições da empresa de adentrar em outros campos da tecnologia, em parte para “lidar com o banimento do governo chinês às ICOs, criptomoedas e atividades de mineração”, e também para transformar a empresa em um hub de inteligência artificial (IA).

Espera-se que um braço de inteligência artificial interno gere 40% da receita da Bitmain nos próximos cinco anos. A aposta que os métodos de aprendizado de máquinas de redes neurais aumentarão a capacidade de processamento em chips gráficos para aplicações em criptomoedas e em outros setores, como placas de computação tensoras baseadas no processador BM1680, cartão acelerador de aprendizado profundo e unidades de servidores inteligente.

Os testes da Bitmain mostraram até mesmo que seus chips de IA comparam-se ao poder de computação encontrado nos produtos correspondentes de gigantes como o Google. Por ora, o primeiro passo é a robótica: a aquisição da empresa de robótica inteligente Luobetec e a produção do robô-animal de estimação, Luo Xiaodou.

Leia também: Blockchains vs. DLTs: breve análise comparativa de seus recursos subjacentes

Leia também: BlockCrypto: a importância do evento para a economia brasileira

Leia também: BlockCrypto Conference o maior evento sobre criptomoedas e blockchain do brasil

Compartilhar
Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

This website uses cookies.