Categorias Notícias

BitcoinTrade adiciona novas criptomoedas em sua plataforma

Apesar da queda nos preços de muitos criptoativos, o mercado das moedas digitais continua crescendo. No Brasil, a situação não é diferente e o interesse pelos negócios relacionados à blockchain e às criptomoedas continua a aumentar, não só entre empresas de tecnologia e startups, mas também entre empresas de outros segmentos e até pelo governo do país.

O Criptomoedas Fácil publicou recentemente como o BNDES está em vias de lançar sua própria criptomoeda, assim como a Febraban, que vem desenvolvendo vários projetos em blockchain. Até mesmo a AB Inbev, que no Brasil é responsável pelas cervejas Brahma, Skol e Antarctica, dominando praticamente 80% do mercado de cervejas do Brasil, está implementando prova de conceito em blockchain, assim como a Coca-Cola e tantas outras, provando que para além do preço, há um mercado em crescimento e muitas oportunidades pela frente.

Conectado com este movimento, a BitcoinTrade, corretora de criptomoedas brasileira, anunciou recentemente a inclusão de três novas criptomoedas em sua plataforma: Ethereum, Litecoin e Bitcoin Cash. Ethereum foi a primeira criptomoeda a ser implementada nesta nova leva e na sequência serão Litecoin e Bitcoin Cash.

Daniel Coqueri, Fundador e Diretor de operações da BitcoinTrade conversou com o Criptomoedas Fácil sobre esta novidade, os planos para 2018 e o mercado de criptomoedas como um todo.

🚀 Buscando a próxima moeda 100x?
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora

Sobre as inclusão de novas criptomoedas

Daniel Coqueri: “Estamos adicionando mais moedas na plataforma pois este era nosso objetivo desde o começo, era nosso desafio desde o início. Além de ter uma plataforma segura, robusta e simples para o usuário trabalhar com as quatro principais moedas do mercado, e até junho vamos cumprir este objetivo. Adicionamos a Ethereum agora, em até 40 dias vamos adicionar a Litecoin e, até junho o Bitcoin Cash também já estará disponível na plataforma. Este movimento levantou muita especulação sobre a adição de outras moedas, mas posso garantir que, no momento, não há este planejamento em nosso roadmap. Além de Ethereum, Litecoin e Bitcoin Cash, não pretendemos adicionar mais criptomoedas na plataforma. Nossa previsão é que, após o lançamento deste novos pares de negociação, todos em BLR, devemos implementar a negociação em BTC para todos os pares na plataforma. No entanto, como todos sabem, este mercado é muito dinâmico e sofre muitas mudanças, por exemplo, estudamos no passado o USDT, da Tether, mas não temos nenhuma previsão de implementação, foram só estudos, mas o futuro pode reservar muitas surpresas que hoje ainda não temos uma posição mais clara.”

Dificuldades

DC: “A dificuldade maior que tivemos neste momento foi em relação à adaptação da plataforma que estava toda desenhada para apenas uma moeda, no caso o Bitcoin. Todas as telas e interface eram destinadas exclusivamente para o par BTC/BLR e também tivemos de fazer todas as adaptações para integrar com o sistema da Ethereum, que é muito diferente do adotado pelo Bitcoin. Agora, depois de tudo feito, acredito que a implementação das próximas criptomoedas será muito mais fácil, pois o caminho já foi trilhado, agora é só ajustar a estrada.”

Volume

DC: “Até o momento (até o fechamento deste artigo) nosso volume na negociação de Ethereum já passou de R$1 milhão, ou seja, mais de 700 Ethereum foram negociados na plataforma. Nós aqui na Bitcoin Trade não tínhamos uma expectativa exata sobre o quanto esperávamos de aceitação do mercado nacional em relação ao Ethereum, tínhamos apenas uma estimativa que fosse algo em torno de 20 a 30% do volume do BTC que é, mais ou menos, o que temos visto no mercado internacional, por isso estamos muito satisfeitos que chegamos até a superar esta porcentagem e esperamos continuar crescendo. Sabemos que a Ethereum é a porta de entrada para o mercado de ICO’s, então acreditamos que muitos clientes ainda devem entrar neste mercado e na plataforma, além disso, a inclusão dessas moedas era um pedido de nossos clientes. Por tudo isso, acreditamos que ainda vamos crescer mais e estamos preparando a plataforma e todo nosso suporte para que possamos atender toda esta nova demanda que, acredito, vai ampliar num futuro bem próximo.”

Certificação

DC: “Nós temos uma certificação que acredito ser extremamente relevante para no negócio de exchange de criptomoedas como um todo, a PCI DSS Compliance, afinal estamos trabalhando com dinheiro de pessoas e temos que garantir a segurança desses ativos financeiros, para que as pessoas que confiaram em nossa equipe o seu investimento não se sintam prejudicadas. Seguimos assim uma série de normas que estão relacionadas com este processo. Estas normas envolvem desde procedimentos avançados de KYC, segurança dentro de padrões internacionais, entre outras. Para você ter uma idéia, o PCI DSS Compliance é o padrão que todo o sistema bancário tradicional utiliza, no caso deles, o certificado é de nível 3, o nosso é nível 2, mas mostra que estamos empenhados em levar aos nossos clientes o que há de mais seguro e moderno em termos de garantia da plataforma para que ninguém seja surpreendido e tenha seu acesso bloqueado ou mesmo seus recursos parados ou em risco.”

Problemas com bancos

DC: “Conosco, infelizmente, não é diferente das outras exchanges nacionais e mesmo internacionais. Todos os bancos com os quais trabalhamos, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander, já nos consultaram sobre nossas operações, no entanto, justamente por nosso compromisso com os protocolos de compliance seguimos padrões bem rígidos de análise de documentação e avaliamos os riscos e os volumes de negociação para garantir que nenhum dinheiro que tenha origem em atividades ilícitas, como lavagem de dinheiro, seja utilizado na plataforma. Então, sempre que os bancos nos questionam sobre nosso procedimentos, temos um diálogo muito bom e aberto, e mostramos tudo que fazemos e o modo como trabalhamos, para evitar que crimes de diversas formas sejam cometidos por meio da plataforma, mostramos que, inclusive, como já disse, os padrões que o bancos utilizam são os mesmos que temos trabalhado. O diálogo continua e neste processo alguns atores são um pouco mais maleáveis, inclusive elogiando nossas políticas de transparência e segurança, enquanto outros são um pouco menos maleáveis. Não vou dizer que está 100% resolvido porque os bancos ainda têm muitas restrições com este mercado, e não vêem com bons olhos a negociação de Bitcoins como um todo, mas estamos sempre dialogando para mostrar que ninguém vai usar nossa plataforma para cometer qualquer crime e que vamos garantir sempre a integridade e os dados de nossos clientes”

Regulamentação

DC: “Sobre a regulamentação em si, a BitcoinTrade é super a favor de uma regulamentação pró-mercado que proteja o mercado como um todo, tanto as corretoras como os clientes e todo o mercado que, de alguma forma, atua com criptomoedas. Isto obviamente vai trazer mais profissionalismo e amadurecimento para o mercado, tornado-o mais acessível aos novos investidores, então somos a favor. Aqui no Brasil, não acredito que teremos algo novo neste ano devido à eleição.”

Leia também: BitLeex, A primeira plataforma de negociação de criptomoeda do mundo com gerenciamento de confiança

Leia também: Bitmain anuncia atualização que pode reduzir custos de energia em até 13% na atividade de mineração

Leia também: iBitcome anuncia parceria com exchange descentraliza DEx.top

Compartilhar
Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

This website uses cookies.