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Bitcoin volta a cair e causa liquidações de R$ 6 bilhões nas últimas 24 horas

A forte queda que afetou o mercado das criptomoedas na segunda-feira não tem fim. Nesta terça-feira (14), o preço do Bitcoin (BTC) abriu em queda de mais 7,23%. Como resultado, a criptomoeda foi negociada brevemente abaixo de US$ 22 mil (cerca de R$ 107 mil na cotação em reais).

No caso da Ether (ETH), o preço opera em queda de 2,87%, mas chegou a ficar abaixo de US$ 1.100 (R$ 5.600). 

Por causa das quedas, as liquidações atingiram valores acima de US$ 1 bilhão. De fato, os investidores perderam cerca de US$ 1,24 bilhão, ou cerca de R$ 6,3 bilhões em valores atuais.

A maior parte veio do Bitcoin, com mais de US$ 600 milhões, seguida da ETH em segundo lugar, com um pouco menos de US$ 480 milhões.

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Em relação às exchanges, houve uma liquidação de US$ 32 milhões nas últimas 24 horas, a maioria delas (US$ 23,6 milhões) de posições compradas. De acordo com o Coinglass, as maiores liquidações ocorreram na Binance, seguida da OKEx e da Bybit.

Liquidações de posições nas exchanges. Fonte: Coinglass.

No entanto, a maior ordem individual de liquidação veio da BitMEX, através do contrato perpétuo XBTUSD. A liquidação deste contrato causou uma perda de mais de US$ 4,4 milhões a um único investidor.

Quedas abaixo de US$ 20 mil?

Por falar em BitMEX, o fundador e ex-CEO da exchange, Arthur Hayes, disse que o BTC e a ETH podem sofrer perdas graves se caírem abaixo de um certo nível. No caso do BTC, o suporte principal é de US$ 20 mil, enquanto na ETH o limite é de US$ 1.000.

No Twitter, Hayes escreveu que se o BTC e a ETH caírem abaixo desses níveis, isso colocaria “pressão maciça de venda” nos mercados à vista. A pressão aumentaria porque os investidores teriam que dar mais garantias para manter suas posições.

Contudo, o mercado está com menos recursos devido às perdas anteriores e ao fim do ciclo de expansão monetária. Assim, os investidores poderiam não ter como enviar mais recursos, o que aumentaria as liquidações e, consequentemente, as quedas.

“No que diz respeito aos gráficos, é melhor você pegar seu livro de orações e esperar que o Senhor mostre bondade na alma dos mercados de criptmoedas. Se esses níveis quebrarem, você também pode desligar seu computador, porque seus gráficos serão inúteis por um tempo”, disse Hayes.

Risco MicroStrategy

Uma dessas liquidações pode atingir a MicroStrategy, empresa de Michael Saylor que detém mais de 130 mil BTC. Conforme noticiou o CriptoFácil, a empresa contraiu US$ 250 milhões em empréstimos para adquirir mais BTC.

De acordo com Saylor, a empresa utilizou BTC como garantia para este empréstimo. Logo, se a criptomoeda cair abaixo de um certo nível, a empresa terá que aumentar sua garantia.

O CEO da empresa garantiu que o BTC teria que cair abaixo de US$ 3.000 que a empresa sofrer risco de liquidação. No entanto, os críticos argumentam que o preço real pode ser maior. E se esta grande liquidação ocorrer, o cenário descrito por Hayes deve chegar mais rápido.

Nesta terça-feira, o Federal Reserve (Fed) começa a reunião que vai definir a nova taxa de juros dos Estados Unidos. Por causa da inflação recorde, os investidores esperam que o Fed aumente a taxa em 75 pontos-base (0,75%).

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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