O ex-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador José Renato Nalini, falou sobre Bitcoin. Em um texto publicado no Estadão, Nalini disse que a criptomoeda terá aceitação universal.
Além disso, Nalini acredita que o Bitcoin contribuirá para a extinção do papel-moeda e de outros meios de pagamento. Segundo ele, o Bitcoin será a “moeda corrente do futuro”.
“Talvez não haja mais papel moeda, nem cartão de crédito (no futuro) pois o Bitcoin terá uso corrente”, destacou.
Brasil pós-pandemia
Em seu texto, Nalini discute como será o Brasil pós-pandemia, especialmente depois da vacinação. E o Bitcoin não é o único destaque.
Para o desembargador, a tecnologia blockchain também fará parte do futuro. Em um cenário próximo, ela será parte fundamental da vida das pessoas, assim como a Internet e os smartphones são hoje.
“Ele sabe que o mundo em que ele for adulto precisará de alguém expert em inteligência artificial, machine learning, internet das coisas, especialista em big data, blockchain e realidade aumentada.”
Contudo, Nalini destacou que esse não será um caminho fácil. Para ele, é preciso que o Brasil invista em educação, cujo processo, em sua visão, está “estagnado” em nosso país.
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Para ele, uma disciplina que precisa ser urgentemente inserida nas escolas é a de programação. Outras profissões ligadas à tecnologia também são citadas como áreas do futuro:
- Designer de gamificação;
- Arquitetura digitais;
- Especialista em design 3D;
- Especialista em armazenamento de dados;
- Programador pessoal;
- Condutor remoto de drone;
- Entre outras.
Desembargador abraça o Bitcoin
Esta não é a primeira vez que Nalini fala abertamente sobre o Bitcoin. A criptomoeda foi tema de um texto escrito pelo desembargador em 2017.
Intitulado O bitcoin é solução?, o texto foi escrito em maio, antes do rali histórico daquele ano. No texto, Nalini defende o uso do Bitcoin como substituto do dinheiro físico. Para ele, isso ajudaria a reduzir crimes como roubo de bancos e lavagem de dinheiro.
“Se a tecnologia disponível já permite criar moedas digitais como o Bitcoin, para transferir valores em tempo real, sem taxas e sem passar pelos bancos, por que não se servir dessa possibilidade comprovada e reduzir a fabricação, a circulação e o transporte de dinheiro? (…) Eliminar os riscos, adotar outras práticas, surpreender o infrator com inteligência e contemporaneidade pode ser mais eficiente do que exigir que sacrificados agentes da segurança continuem a morrer”, disse.
Trata-se de uma visão oposta ao senso comum de que criptomoedas facilitam crimes. E, levando em conta as características da blockchain, o desembargador parece ter estudado-a bem.
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