Tecnologia

Bitcoin pode ver crescimento de layers 2 para lidar com limitações da blockchain

O Bitcoin, que sofreu no ano passado com congestionamentos devido a experimentos em NFTs e tokens, poderá ver o crescimento de redes auxiliares de camada 2 (layers 2) para lidar com as limitações inerentes à rede.

De acordo com um novo relatório, soluções existentes, como a Lightning Network, podem crescer. No entanto, novos projetos também estão em desenvolvimento, segundo o relatório “Bitcoin Layers”, divulgado na quinta-feira (18) pelo Spartan Group, uma empresa de gestão de ativos baseada em Cingapura.

Essa tendência de layers 2 na rede Bitcoin parece se inspirar na arquitetura do Ethereum. Dezenas de projetos de camada 2 surgiram no ecossistema Ethereum ao longo do último ano. A lista de layers 2 inclui a Base, da exchange de criptomoedas Coinbase, e projetos como Arbitrum, Optimism e Polygon.

Blockchain do BTC

Enquanto isso, no Bitcoin, as redes de camada 2 ainda estão em estágio inicial em comparação com as de outras blockchains, mas há crescimento.

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O Bitcoin agora está bem-posicionado para desbloquear seu potencial com uma arquitetura em camadas semelhante à do Ethereum, argumenta o relatório, destacando que o surgimento do protocolo Ordinals há um ano “trouxe um renascimento da cultura de construção do Bitcoin”.

Os Ordinals permitiram que a rede hospedasse tokens não fungíveis (NFTs) e pavimentou o caminho para o padrão de token BRC-20. Esse ativo digital utiliza uma tecnologia diferente dos tokens ERC-20 do Ethereum, mas se baseia no mesmo conceito.

As limitações do Bitcoin giram, em grande parte, em torno da falta de programabilidade ou funcionalidade de aplicativos e da lentidão nas transações, segundo o relatório.

Enquanto a Lightning Network do Bitcoin tem ajudado a trazer pagamentos mais rápidos para a criptomoeda há vários anos, outras camadas visam trazer funcionalidades como programabilidade e funcionalidade de aplicativos para conferir utilidade à rede além do armazenamento de valor.

Juntamente com a Lightning, os projetos de camada 2 Stacks, Liquid e Rootstock compõem o que o relatório se refere como os “Quatro Grandes”. Essas soluções representam a maioria das transações de camada 2 e têm se concentrado em trazer contratos inteligentes e transações mais rápidas para o Bitcoin.

Contudo, os autores destacam que os projetos precisarão de aprimoramentos para não sucumbirem às limitações inerentes à rede Bitcoin.

Soluções para a rede Bitcoin

Uma atualização específica em destaque é o Stacks’ Nakamoto Release, projetado para possibilitar transferências baratas de BTC em uma camada 2. A solução melhora as velocidades de transação para cerca de cinco segundos, em vez de 10 a 30 minutos ou mais.

Além desses quatro, há uma lista considerável de inovações emergentes no Bitcoin que podem preencher as lacunas técnicas existentes, das quais o relatório destaca algumas.

O Ark, por exemplo, é um protocolo de camada 2 que permite pagamentos fora da cadeia, nos quais os destinatários recebem pagamentos sem adquirir liquidez de entrada, com o objetivo de custos mais baixos do que a Lightning.

O MintLayer é outro projeto projetado para atuar como uma sidechain de Bitcoin otimizada para atividades relacionadas à DeFi.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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