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Bitcoin pode ser impactado pela queda no balanço do Fed

Nos últimos 10 anos, os principais bancos centrais do mundo tomaram medidas para impedir o colapso da economia. Com a pandemia de Covid-19, esse movimento tornou-se ainda mais intenso.

Apenas o Federal Reserve (Fed) imprimiu mais de US$ 2 trilhões (R$ 10 trilhões) nos últimos meses. Com isso, o balanço de ativos do banco atingiu um recorde de US$ 7,16 trilhões (R$ 36 trilhões) no início de junho.

Entretanto, o Fed começou a dar sinais de redução deste balanço. De acordo com dados do Fed de St. Louis, houve uma queda de US$ 88 bilhões (R$ 450 bilhões) na última semana.

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A queda de 1,5% levou o balanço do Fed abaixo de US$ 7 trilhões. Mais especificamente, o atual balanço está em US$ 6,97 trilhões (R$ 35 trilhões). Embora pareça pouco, esta foi a maior queda no balanço nos últimos 11 anos.

Redução de balanço pode impactar Bitcoin

A queda é um sinal de que o Fed está começando a relaxar as medidas de aumento de liquidez implementadas nos últimos. Como resultado, muitos analistas preveem um impacto de queda no preço do Bitcoin.

O motivo? O criptoativo voltou a mostrar correlação positiva relativamente forte com o S&P 500. E tanto os criptoativos quanto os índices de ações recuperaram suas perdas após as injeções de dinheiro.

O S&P 500 subiu mais de 40% desde a queda de março, enquanto o Bitcoin subiu mais de 100% desde sua mínima. Tal movimento foi, em grande parte, devido à expansão do balanço do Fed.

Quanto mais o Fed aumenta seu balanço, mais dinheiro entra na economia. Com isso, mais pessoas passam a investir em ações e outros ativos, impulsionando seu preço para cima.

Por outro lado, a contração do balanço implica em menos dinheiro sendo injetado. Com menos dinheiro no mercado, a cautela dos investidores aumenta. Isso impacta diretamente na busca por ativos de risco, visto que os investidores começam a vender suas posições, buscando por liquidez.

A razão da queda no balanço

Porém, não basta analisar a queda no balanço do Fed isoladamente. É preciso verificar as razões que levaram a esse movimento.

Analisando os detalhes do balanço, a redução foi impulsionada principalmente por uma queda na demanda por medidas emergenciais de liquidez.

Ou seja, a redução não ocorreu por causa de “falta de vontade” do Fed, mas sim pela falta de demanda dos investidores. Isso mostra que o estresse induzido pela Covid-19 no sistema financeiro diminuiu.

“Menos financiamento de emergência sendo usado é um sinal saudável. Os mercados podem não ser capazes de se sustentar completamente por conta própria, mas estão pelo menos um pouco mais longe do modo de emergência”, disse Richard Rosenblum, co-fundador da gestora de criptoativos GSR.

A pandemia ainda não acabou, tampouco a crise financeira. Mas é improvável que a injeção de dinheiro seja interrompida caso haja um agravamento da situação, pois o Fed ainda tem munição para jogar ao mercado.

Dessa forma, novos aumentos no mercado de ações, e também no preço do Bitcoin, provavelmente ocorrerão, caso novos pacotes de auxílio sejam utilizados.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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