Foto: Pixabay
A queda no preço do Bitcoin (BTC) levou grandes investidores a migrarem suas criptomoedas para a exchanges. Segundo dados do site CryptoQuant, foram 28.703 BTCs enviados para as exchanges em 16 de julho, maior valor desde 20 de fevereiro.
Deste total, cerca de 21 mil BTC foram depositados na Coinbase, um recorde absoluto em mais de um ano.
Tradicionalmente, o envio de BTC para exchanges representa intenção de venda. Ou seja, o movimento é um sinal negativo para o preço, sobretudo numa magnitude tão elevada.
Esses envios costumam ser realizados em pequenas quantidades, raramente ultrapassando 5.000 BTC, algo que traz ainda mais destaque ao movimento atual. Em sua live diária, Felipe Escudero, do canal BitNada, ressaltou que o movimento na Coinbase é ainda mais expressivo.
“A diferença era coisa de 700, 1.000 BTC, coisa pequena. Agora, são 21.000, ou seja, o volume é muito superior à media, incluindo os picos. Então, as baleias colocaram BTC na Coinbase e ninguém sabe o porquê”, disse Escudero.
Para Escudero, essa movimentação pode indicar novas vendas, embora não haja como saber qual vai ser a intensidade. Há também uma possibilidade de que esses investidores tenham enviado BTC sem a intenção de vender.
Tal prática teria como objetivo induzir o medo em pequenos investidores e fazer com que eles vendam BTC e, ao invés de vender, os investidores maiores na verdade comprarão mais BTC.
Em termos de preço, o BTC chegou muito próximo de fechar seu pior período semanal em 2021. O fato não ocorreu, mas a criptomoeda opera abaixo dos US$ 31 mil nesta segunda-feira (19). A queda de 3,43% e a perda de um suporte preocupam o analista Michaël van de Poppe.
“Não me surpreenderia se tivéssemos um movimento aleatório nas duas ou três horas finais deste candle semanal no BTC”, disse van de Poppe no Twitter, ainda no final de semana.
Segundo o analista neerlandês, a desvalorização impactou significativamente o suporte de US$ 31,7 mil, o qual, atualmente, já foi rompido para baixo. Contudo, o preço da criptomoeda ainda se mantém dentro de uma estrutura entre os US$ 28.000 e US$ 31.000, o que ainda não representa capitulação.
Caso esse rompimento se confirme, o BTC pode cair ainda mais e chegar aos US$ 21.000, o que totaliza uma queda de 21,5% frente ao preço atual. Além disso, a estrutura de topos menores não é nada animadora e, consequentemente, criou fortes resistências na região dos US$ 35.000 e US$ 40.000.
Em outras palavras, o cenário atual traz um desafio enorme para o BTC no curto prazo. Resta saber de que forma os grandes (e pequenos) investidores lidarão com a possível volatilidade.
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