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Bitcoin ajuda mulheres do Afeganistão a escapar do Talibã

Uma reportagem desta segunda-feira (11) da Reuters revelou como o Bitcoin tem ajudado mulheres afegãs a fugir do país e do regime extremista imposto pelo Talibã.

Há cerca de dez anos, a empresária Roya Mahboob começou a pagar sua equipe no Afeganistão em Bitcoin. Mas, na época, ela muito provavelmente não fazia ideia de como isso ajudaria as afegãs tempo depois.

Mahboob fundou a organização sem fins lucrativos Digital Citizen Fund junto com sua irmã há quase uma década.

O propósito da organização era ensinar milhares de meninas e mulheres do Afeganistão habilidades básicas de computação.

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Como a maior delas não tinha conta bancária, ou porque não tinham permissão ou porque não tinham documentação, Mahboob usou um sistema de corretor informal para enviar o dinheiro. Mas isso só até ela descobrir o Bitcoin.

“Não era viável – ou seguro – enviar dinheiro para todas. Mas o dinheiro móvel não era usado de forma tão ampla e opções como o PayPal não existiam. Então ouvimos sobre o Bitcoin”, disse Mahboob à Reuters.

Conforme destacou a empreendedora, a criptomoeda era fácil de usar, e mais barata e segura do que outras opções.

“Então, ensinamos as meninas como usá-lo e começamos a pagar nossa equipe e colaboradores com Bitcoin. Dissemos a elas que era um investimento para o futuro”, disse ela.

Grande parte das meninas e mulheres que aprenderam habilidades básicas de computação também aprenderam a configurar suas próprias carteiras de Bitcoin.

Assim, tornaram-se capazes de enviar e receber fundos, bem como negociar e investir em criptomoedas.

Assim que o Talibã invadiu Cabul em agosto, várias dessas mulheres deixaram o país, Muitas delas usaram suas carteiras de criptomoedas para retirar seu dinheiro, ajudar a evacuar suas famílias e se estabelecer em novos países, disse Mahboob.

Bitcoin: tábua de salvação

A adoção de criptomoedas está crescendo rapidamente em todo o mundo. E em países emergentes, ou deflagrados por guerras e conflitos civis, isso é cada vez mais evidente.

“Em estados fracassados ​​ou desafiados, [o Bitcoin] fornece uma maneira de as pessoas apoiarem seus familiares”, disse Keith Carter, professor da Universidade Nacional de Cingapura, citando a Venezuela, onde as pessoas compram produtos essenciais com criptomoedas.

Para Mahboob e suas ex-alunas, a criptomoeda funcionou como uma verdadeira tábua de salvação

“Estou pensando agora, por que não ensinamos sobre criptomoedas de forma mais agressiva, para que mais afegãos pudessem ter carteiras cripto e pudessem acessar seu dinheiro agora”, disse Mahboob, que foi eleita uma das 100 pessoas mais influentes da revista Time em 2013.

“O poder das criptomoedas é maior, especialmente para mulheres e aqueles que não têm contas bancárias. É muito benéfico e muito poderoso”, disse ela.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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