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Binance viu participação de mercado subir para 67% em 2022 com colapso da FTX

O ano de 2022 foi desafiador para as exchanges de criptomoedas centralizadas (CEXs) devido ao colapso da FTX. A crise levantou incertezas sobre a transparência das corretoras de cripto como um todo. Mas se alguma exchange saiu “vencedora” foi a Binance, que viu sua participação de mercado global disparar para 66,7% no último trimestre de 2022.

De acordo com um relatório recente da CryptoCompare, embora o volume de negociação nas CEXs tenha recuado 46% ao longo de 2022, a Binance seguiu liderando o setor.

O objetivo do relatório da CryptoCompare é avaliar a dinâmica de mudança deste subsetor após os eventos turbulentos de 2022. O relatório analisou as atividades de Binance, Bitfinex, Bittrex, Bybit, Coinbase, Crypto.com, Huobi, Kraken, Kucoin, FTX e OKX.

Binance lidera negociação de criptomoedas

Conforme informou o relatório, a participação de mercado da exchange de Changpeng Zhao (CZ) cresceu de 48,7% no início do ano para quase 67% em dezembro, com base nas onze exchanges avaliadas.

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“O aumento pode ser atribuído à consolidação do setor. Afinal, os volumes gerais tendem a cair, com as exchanges competindo por volumes reduzidos”, diz o relatório.

Enquanto isso, a participação da FTX caiu de 6% no primeiro trimestre para 3,3% no final do ano. Já a da Coinbase caiu de 10,1% para 8,2% em dezembro de 2022.

Da mesma forma, a participação da Crypto.com caiu de 7,7% no primeiro trimestre de 2022 para 4,6% em dezembro, a da Huobi caiu de 5,4% para 2,2%, a da Kucoin de 4,6% para 1,5%, da OKX de 10,7% para 5,9%, da Bitfinex de 2,4% para 1,0% e da Kraken de 3,1% para 2,9%.

De acordo com o relatório, entre as 11 exchanges analisadas, além da Binance, só a Bybit viu sua participação de mercado subir. O percentual saltou de 1,1% no primeiro trimestre para 3,5% no último trimestre. Ainda segundo o estudo, só Binance e Bybit tiveram suas participações subindo constantemente a cada trimestre de 2022.

Fonte: CryptoCompare

Apesar das quedas em 2022, os volumes de negociação nas CEXs seguiram bem acima de suas contrapartes descentralizadas, segundo o relatório.

Fonte: CryptoCompare

Segurança e transparência de exchanges centralizadas

Por fim, o relatório destacou que após a queda do FTX, a principal conclusão de 2022 é a maior importância que a segurança e a transparência desempenharão no setor de CEX em 2023.

“Supomos que as exchanges com políticas de transparência superiores, por exemplo, liberando Proof of Reserves (PoR) claro e auditado, serão os que terão sucesso, principalmente em um ano que acreditamos terá sustentado volumes menores”, disse o relatório.

Contudo, a análise ponderou que os atestados de PoR devem seguir princípios básicos. Isso inclui, por exemplo, cobrir a prova de responsabilidades, ser auditados por terceiros, ser auditorias contínuas em vez de instantâneos, devem cobrir vários ativos e também devem envolver o compartilhamento de carteira quente e fria endereços para maior transparência.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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